00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) FALE - FACULDADE DE LETRAS Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FALE
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Tipo: Tese
Título: Concordância verbal de número no português brasileiro: a realidade de comunidades quilombolas alagoanas
Título(s) alternativo(s): Verbal number agreement in brazilian portuguese: the reality of alagoan quilombol communities
Autor(es): Santos, Dariana Nunes dos
Primeiro Orientador: Magalhães, Telma Moreira Vianna
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Oliveira, Alan Jardel de
metadata.dc.contributor.referee1: Sedrins, Adeilson Pinheiro
metadata.dc.contributor.referee2: Silva, Claudia Roberta Tavares
metadata.dc.contributor.referee3: Sibaldo, Marcelo Amorim
metadata.dc.contributor.referee4: Oliveira, Almir Almeida de
Resumo: Este trabalho investiga o fenômeno da concordância verbal de número (CV) no português brasileiro (PB), com base no comportamento linguístico e social de falantes de comunidades quilombolas alagoanas, a saber: Muquém, em União dos Palmares; Filús, Jussara e Mariana, em Santana do Mundaú; Gurgumba e Sabalangá, em Viçosa. Essas comunidades foram selecionadas para análise em vista da escassez de trabalhos linguísticos sobre elas e da necessidade de descrição de variedades do PB para o processo de reconstrução sócio-histórica dessa língua. Para tanto, realizamos uma coleta de dados de fala espontânea em 2009 e em 2015 nessas comunidades a partir de entrevistas individuais programadas com 12 colaboradores de cada uma delas de acordo com os critérios de seleção: sexo (feminino e masculino) e idade (de 15 a 30 anos, de 31 a 50 anos e de 51 anos em diante) – contabilizando 72 entrevistas ao todo, gravadas e transcritas ortograficamente. Partindo do pressuposto da variação entre variante explícita (presença de concordância verbal de número) e variante zero (ausência de concordância verbal de número) na fala dessas comunidades, caminhamos rumo à sua descrição e análise à luz dos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista, de William Labov (2008 [1972]) com o objetivo de conferir como se dá tal processo de variação, quais fatores internos e externos ao sistema linguístico estariam condicionando o uso da variante explícita em detrimento da variante zero. Dos grupos de fatores linguísticos relacionados ao sintagma verbal, selecionamos apenas a saliência fônica do verbo, com o fator ‘verbos mais salientes’, ou seja, mais perceptíveis foneticamente na oposição singular/ plural (como é/ são) e o fator ‘verbos menos salientes’, isto é, menos perceptíveis foneticamente na oposição singular/ plural (como gosta/ gostam); dos fatores linguísticos relacionados ao sintagma nominal sujeito (SN-sujeito), selecionamos: posição do sujeito em relação ao verbo (sujeito antes do verbo e sujeito depois do verbo); elementos intervenientes entre sujeito e verbo na sentença, presença ou ausência de palavras que distanciem sujeito de verbo na sentença, (com elementos intervenientes ou sem elementos intervenientes); pessoa, que se refere à pessoa do discurso que constitui o sujeito da sentença (1a pessoa do plural, 2a pessoa do plural, 3a pessoa do plural); natureza do sujeito que diz respeito ao tipo de sujeito da sentença (sujeito simples e sujeito composto); concordância nominal no sujeito (com, sem e não se aplica). Dos grupos de fatores sociais, destacamos: sexo (feminino e masculino), idade (de 15 a 30 anos, de 31 a 50 anos e de 51 anos acima), escolaridade (de 0 a 5 anos de escolarização, de 6 a 10 anos e de 11 anos em diante) e comunidade (Filús, Gurgumba, Jussara, Mariana, Muquém, Sabalangá). Nesse contexto, as variáveis que se demonstraram estatisticamente significativas para o condicionamento da variante explícita, que nesse processo também é considerada a variante padrão, foram: posição do sujeito em relação ao verbo e elementos intervenientes entre sujeito e verbo amalgamadas; concordância nominal no sujeito; saliência fônica do verbo; pessoa e natureza do sujeito agrupadas e a interação entre comunidade, sexo e idade – que responderam mais significativamente ao problema investigado juntas e não separadas.
Abstract: This paper investigates the phenomenon of verbal number agreement (CV) in Brazilian Portuguese (PB), based on the linguistic and social behavior of speakers from quilombola communities in Alagoas, namely: Muquém, in União dos Palmares; Filús, Jussara and Mariana, in Santana do Mundaú; Gurgumba and Sabalangá, in Viçosa. These communities were selected for analysis in view of the scarcity of linguistic works on them and the need to describe varieties of PB for the process of socio-historical reconstruction of that language. To this end, we conducted a collection of spontaneous speech data in 2009 and in 2015 in these communities based on individual interviews scheduled with 12 employees of each one according to the selection criteria: sex (female and male) and age (from 15 to 30 years, from 31 to 50 years and from 51 years onwards) - counting 72 interviews in all, recorded and transcribed orthographically. Starting from the assumption of variation between explicit variants (presence of verbal number agreement) and zero variants (absence of verbal number agreement) in the speech of these communities, we move towards their description and analysis in the light of the theoretical and methodological assumptions of Variationist Sociolinguistics, by William Labov (2008 [1972]) with the objective of checking how this variation process occurs, which factors internal and external to the linguistic system would be conditioning the use of the explicit variant in detriment of the zero variant. From the groups of linguistic factors related to the verb phrase, we selected only the phonic salience of the verb, with the factor 'most prominent verbs', that is, more noticeable phonetically in the singular / plural opposition (as is / are) and the factor' less verbs salient, 'that is, less noticeable phonetically in singular / plural opposition (as you like / like); from the linguistic factors related to the subject noun phrase (SN-subject), we select: position of the subject in relation to the verb (subject before the verb and subject after the verb); intervening elements between subject and verb in the sentence, presence or absence of words that distance the subject from the verb in the sentence, (with intervening elements or without intervening elements); person, which refers to the person of the speech that constitutes the subject of the sentence (1st person plural, 2nd person plural, 3rd person plural); nature of the subject with regard to the type of subject of the sentence (simple subject and compound subject); nominal agreement in the subject (with, without and does not apply). From the groups of social factors, we highlight: sex (female and male), age (from 15 to 30 years, from 31 to 50 years and from 51 years old), education (from 0 to 5 years of schooling, from 6 to 10 years) and from 11 years onwards) and community (Filús, Gurgumba, Jussara, Mariana, Muquém, Sabalangá). In this context, the variables that proved to be statistically significant for the conditioning of the explicit variant, which in this process is also considered the standard variant, were: subject's position in relation to the verb and intervening elements between amalgamated subject and verb; nominal agreement in the subject; phonic salience of the verb; grouped person and nature and the interaction between community, sex and age - which responded more significantly to the problem investigated together and not separately.
Palavras-chave: Variação linguística
Concordância verbal
Sociolinguística variacionista
Português brasileiro
Quilombolas alagoanos
Língua portuguesa
Linguistic variation
Verbal agreement
Varionist sociolinguistics
Brazilian portuguese
Quilombolas from Alagoas
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::TEORIA E ANALISE LINGUISTICA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura
Citação: SANTOS, Dariana Nunes dos. Concordância verbal de número no português brasileiro: a realidade de comunidades quilombolas alagoanas. 2020. 221 f. Tese (Doutorado em Linguística e Literatura) - Faculdade de Letras, Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2021.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/7812
Data do documento: 29-dez-2020
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