00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) ICS - INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS Dissertações e Teses defendidas na UFAL - ICS
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Tipo: Dissertação
Título: Negra Sí! Negra Soy!: os impactos do ativismo digital negro-feminista na autodefinição de mulheres negras
Autor(es): Lima, Keren Fonseca de
Primeiro Orientador: Rechenberg, Fernanda
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Allebrandt, Débora
metadata.dc.contributor.referee1: Meinerz, Nádia Elisa
metadata.dc.contributor.referee2: Lages, Anabelle Santos
Resumo: O conceito de autodefinição está relacionado aos estereótipos atribuídos às mulheres negras, essas imagens de controle negativas buscam naturalizar às opressões interseccionais que atravessam nossas experiências. Autodefinir-se implica descartar essas imagens de controle estereotipadas que buscam objetificar e subalternizar. Busco através dessa dissertação compreender os impactos do ativismo digital negro-feminista nos processos de autodefinição de mulheres negras que acessam esses conteúdos. A pesquisa foi baseada em entrevistas semiestruturadas, nas quais mulheres negras, residentes em Maceió/AL me contaram sobre suas vivências e seus processos de autodefinição, ainda que não utilizem esse conceito. O conceito de interseccionalidade foi fundamental ao longo da pesquisa para considerar as especificidades e heterogeneidades das experiências relatadas. A análise dos dados de campo permitiu classificar os impactos gerados pelo acesso a esse tipo de ativismo em quatro categorias: autoestima, relacionamentos, conhecimento e consciência crítica. Além destas categorias, as noções de afeto, amor, coletividade e ancestralidade também foram acionadas pelas interlocutoras. No contexto brasileiro no qual imagens de controle e representações negativas acerca da negritude seguem sendo uma poderosa arma utilizada pelo racismo; o ativismo digital cumpre um papel fundamental, sobretudo para a educação e a construção de consciência crítica, que, por sua vez, leva à criação de autodefinições e a superação dessas imagens de controle.
Abstract: The concept of self-definition is related to stereotypes attributed to black women, these negative control images aim to naturalize the intersectional oppressions that cross our experiences. Self-definition implies discarding these stereotypical images of control that seek to objectify and subordinate. Through this dissertation I seek to understand the impacts of black-feminist digital activism on the self-definition processes of black women who access such content. The research was done through semi-structured interviews, in which black women living in Maceió/AL told me about their experiences and their processes of self-definition, even if They did not use this concept. The concept of intersectionality was fundamental throughout the research in order to consider the specificities and heterogeneities of the experiences reported. Field data analysis lead to classify the impacts generated by access to this type of activism in four categories: self-esteem, relationships, knowledge, and critical consciousness. Besides these categories, the notions of affection, love, collectivity, and ancestry were also brought up by the interlocutors. In the Brazilian context, in which images of control and negative representations about blackness are still a powerful weapon used by racism, digital activism plays a key role, especially in education and the construction of critical consciousness, which, in turn, leads to self-definitions and overcoming of these images of control.
Palavras-chave: Negras – estereótipos (Psicologia social)
Tecnologia da informação e da comunicação
Negros – identidade racial
Ativismo
Feminismo negro
Control Images
Technology
Blackness
Activism
Black Feminism
Maceió
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social
Citação: LIMA, Keren Fonseca de. Negra Sí! Negra Soy!: os impactos do ativismo digital negro-feminista na autodefinição de mulheres negras. 2022. 136 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Instituto de Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2021.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/8827
Data do documento: 1-out-2021
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