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http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/11209
Tipo: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Título: | A voz cética em Memórias do subsolo de Dostoiévski |
Autor(es): | Calheiros, Danilo dos Santos |
Primeiro Orientador: | Sievers, Juliele Maria |
metadata.dc.contributor.referee1: | Flores, Alberto Vivar |
metadata.dc.contributor.referee2: | Henriques, Fernando Meireles Monegalha |
Resumo: | Este trabalho visa investigar no interior da obra dostoievskiana - Memórias do subsolo (1864) modos de argumentação que se assemelham às características adotadas pelo ceticismo pirrônico. Nosso presente estudo está inserido no interior do pensamento dostoievskiano, num tempo histórico em que fervilhavam o depósito de confiança em teorias que visavam alcançar por meio da razão e o do cientificismo o estado perfeito do homem. E, aqui está nosso objetivo: mostrar a recusa da voz cética quanto ao dogmatismo dessas teorias. Longe de ser uma crítica literária, nossa proposta é identificar algumas atitudes adotadas pelo homem do subsolo, que de alguma forma possam se remeter às características ou traços seguidos pelos céticos pirrônicos. O trabalho será dividido em quatro capítulos: o primeiro se incumbirá de apresentar o tema a ser discutido. No segundo capítulo, mostraremos a Gênesis do subterrâneo, discutindo o lugar e o tempo histórico em que se dá o processo de escrita da obra e alguns traços biográficos indissociáveis entre Dostoievski e o homem do subsolo. No terceiro capítulo, O subsolo, demonstraremos que o protagonista se utiliza do discurso cético encontrado nas Hipotiposes pirronianas de Sexto Empírico para confrontar as ideias racionalistas de Tchernichévski. Desse modo, o homem do subsolo, a partir dos modos de argumentação cético como: diaphonia, isosthenia, redução ao absurdo e regresso ao infinito, exibe as inconsistências dessas teorias, levando-as a um beco sem saída (aporia). Embora, o homem do subsolo se aproprie do logos discursivo cético e realize parte do trajeto que guia os céticos à suspensão do juízo, este homem que vive no subsolo não alcança o estado de tranquilidade da mente. E o que é trágico: o personagem encontra-se num "estado de espírito" diametralmente oposto à ataraxia. É nesse sentido, que podemos afirmar que o homem do subsolo se utiliza do logos discursivo dos céticos; sem, no entanto, ser de fato um deles. |
Abstract: | This work aims to investigate within the Dostoievskian work - Underground memories (1864) modes of argument that resemble the characteristics adopted by Pyrrhonian skepticism. Our present study is inserted in the interior of Dostoevskian thought, in a historical time in which the deposit of confidence in theories that aimed to reach through reason and scientism the perfect state of man was seething. And, here is our goal: to show the skeptical voice's refusal of the dogmatism of these theories. Far from being a literary criticism, our proposal is to identify some attitudes adopted by the underground man, which somehow can refer to the characteristics or traits followed by the Pyrrhonian skeptics. The work will be divided into four chapters: the first will be responsible for presenting the topic to be discussed. In the second chapter, we will show the Genesis of the Underground, discussing the place and the historical time in which the writing process of the work takes place and some inseparable biographical traits between Dostoyevsky and the underground man. In the third chapter, The Underground, we will demonstrate that the protagonist uses the skeptical discourse found in Sextus Empiricus' Pyrrhonian Hypotyposes to confront the rationalist ideas of Chernyshevsky. In this way, the underground man, based on skeptical modes of argument such as: diaphonia, isosthenia, reduction to absurdity and infinite regress, exhibits the inconsistencies of these theories, leading them to a dead end (aporia). Although the underground man appropriates the skeptical discursive logos and performs part of the path that guides skeptics to the suspension of judgment, this man who lives underground does not reach the state of tranquility of mind. And what is tragic: the character is in a "state of mind" diametrically opposed to ataraxia. It is in this sense that we can say that the underground man uses the discursive logos of the skeptics; without, however, actually being one of them. |
Palavras-chave: | Dostoiévski, Fiódor, 1821-1881 Memórias do subsolo Ceticismo pirrônico Sexto Empírico Dostoevsky Pyrrhonian skepticism Sextus Empiricus Ataraxia Literature |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Alagoas |
Sigla da Instituição: | UFAL |
metadata.dc.publisher.department: | Curso de Filosofia - Licenciatura |
Citação: | CALHEIROS, Danilo dos Santos. A voz cética em Memórias do subsolo de Dostoiévski. 2023. 70 f. (Licenciatura em Filosofia) – Instituto de Ciências Humanas Comunicação e Artes, Universidade Federal de Alagoas. Maceió, 2022. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/11209 |
Data do documento: | 15-jul-2022 |
Aparece nas coleções: | Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) - Licenciatura - FILOSOFIA - ICHCA |
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