00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) FSSO - FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FSSO
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Tipo: Dissertação
Título: Raízes materiais da precarização do trabalho na sociedade capitalista e suas expressões contemporâneas
Autor(es): Lopes, Aline Ferreira
Primeiro Orientador: Souza, Reivan Marinho de
metadata.dc.contributor.referee1: Holanda, Maria Norma Alcântara Brandão de
metadata.dc.contributor.referee2: Bertoldo, Maria Edna de Lima
Resumo: O presente estudo analisa as raízes materiais da precarização do trabalho na sociedade capitalista e as suas expressões contemporâneas. Para compreender a gênese da precarização do trabalho resgatam-se as determinações sócio-históricas do modo de produção capitalista, desde a acumulação primitiva do capital até os dias atuais. A pesquisa realizada é de natureza bibliográfica e tem-se como referência teórica a perspectiva marxiana. Compreende-se que nas sociedades pré-capitalistas a precarização do trabalho estava diretamente relacionada à escassez da produção material, decorrente do atraso do desenvolvimento das forças produtivas, do domínio primitivo do homem sobre a natureza. O capitalismo inaugura com o processo de industrialização o desenvolvimento avançado das forças produtivas e, ao mesmo tempo, a agudização das condições precárias de trabalho e de reprodução social. Este paradoxo revela que a humanidade alcançou historicamente a possibilidade de erradicar a pobreza e a precarização, no entanto, verifica-se a reprodução massiva das precárias condições de vida e de trabalho. Isto se deve à necessidade imanente do capital de produzir e reproduzir de forma ampliada a riqueza e a acumulação, o que limita as possibilidades de atendimento das necessidades sociais de reprodução da classe trabalhadora. Assim, apreendese com o estudo que mediante o desenvolvimento da produção industrial, emergente e contemporânea, a precarização da força de trabalho se intensifica pela consequente substituição do trabalho vivo pelo trabalho morto, que resulta no aumento da exploração do trabalho, no desemprego, na constituição de uma “superpopulação relativa” disponível às investidas capitalistas e na degradação humana severa. No processo de desenvolvimento do capitalismo monopolista, as bases da precarização se mantêm e se agudizam. Com a adoção da modelo taylorista-fordista a precarização assume feição diferenciada por uma suposta condição material de trabalho e de vida atendida. Na reestruturação produtiva, nos anos de 1980, incorpora-se o modelo de acumulação flexível para responder à crise estrutural do capital de 1970. Com base na obra de autores contemporâneos foi possível apreender as consequências sociais da reestruturação produtiva expressas na precarização do trabalho que se amplia com os processos de terceirização, com o desemprego estrutural e com a exploração intensa do trabalho, na medida em que o capital agudiza suas contradições e atua para assimilar integralmente a dimensão física e afetivo-intelectual do trabalho. As relações de trabalho são flexibilizadas através de vínculos instáveis que impedem o acesso aos direitos sociais e trabalhistas intensificando a pobreza e a ampliando a degradação da reprodução social. Estes vínculos de trabalho são precários e apresentam como características os baixos salários, contratos temporários de trabalho, fluidez da jornada de trabalho e insegurança nas relações de trabalho. Os trabalhadores precarizados e desempregados compartilham de uma insegurança econômica e da falta de perspectivas, contudo são induzidos a assimilar concepções de empreendedorismo, de autonomia e cooperação que mascaram sua condição precária e a possibilidade de superá-la. Por fim, na dinâmica do desenvolvimento da sociedade capitalista, entende-se que a precarização assume feições diferenciadas, contudo reproduz-se tendencialmente, ainda que sejam mascaradas suas expressões contemporâneas por estratégias políticas e econômicas. Os trabalhadores estão subordinados a um contínuo processo de exploração que reflete a reprodução ampliada do capital, atingindo integralmente sua vida e precarizando os.
Abstract: This study analyzes the material roots of casualization of labor in capitalist society and its contemporary expressions. To understand the genesis of the precariousness of labor to rescue the socio-historical determinations of the capitalist mode of production, from the primitive accumulation of capital to this day. The survey is bibliographic in nature and has as reference the theoretical Marxian perspective. It is understood that in pre-capitalist societies precarious employment was directly related to the scarcity of material production, due to the delayed development of the productive forces, the primitive man's dominion over nature. Capitalism opens with the process of industrialization development of advanced productive forces and at the same time, the sharpening of poor working conditions and social reproduction. This paradox shows that humanity has achieved historically the opportunity to eradicate poverty and instability, however, there is a massive reproduction of the precarious conditions of life and work. This is due to the inherent need of capital to produce and reproduce so magnified the wealth and accumulation, which limits the possibilities of meeting the needs of social reproduction of the working class. So seize up with the study through the development of industrial production, emerging and contemporary, the casualization of the workforce is intensified by the subsequent replacement of living labor by dead labor, which results in increased exploitation of labor, unemployment, the constitution of a "relative surplus population" available to capitalists invested in human degradation and severe. During the development of monopoly capitalism, the foundations of insecurity remain. With the adoption of Taylorist-Fordist model assumes precarious feature differentiated by a supposed material condition of working and living fulfilled. In the restructuring process, in 1980, incorporates the model of flexible accumulation in response to capital's structural crisis of 1970. Based on the analysis of the social consequences of the industrial structure and the work of contemporary writers seized that precarious employment is expanded with the processes of outsourcing, with structural unemployment and the intense exploitation of labor, to the extent that the capital sharpens its contradictions and acts to assimilate fully the physical and emotional-intellectual labor. Labor relations are relaxed by unstable bonds that impede access to social and labor rights. These are precarious work contracts and have striking features like low wages, temporary contracts, fluidity of the workday and insecurity in labor relations. Precarious work and without legal guarantees labor tends to intensify poverty and increase the degradation of social reproduction. The unemployed and precarious workers share a economic insecurity and lack of prospects, however, are induced to assimilate concepts of entrepreneurship, autonomy and cooperation that mask its precarious condition and the possibility of overcoming it. Finally, the dynamics of the development of capitalist society, means that the precarious assumes differentiated features, however reproduces tended, although their expressions are masked by contemporary political and economic strategies. The workers, mostly, are subject to a continuous process of exploration that reflects the expanded reproduction of capital, reaching its full life and undermining them. Only the society in which they own workers associated with effective control of the production will be possible to eliminate the instability.
Palavras-chave: Precarização do Trabalho
Precarização
Capitalismo
Reprodução social
Precariousness of work
Precariousness
Capitalism
Social Reproduction
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Citação: LOPES, Aline Ferreira. Raízes materiais da precarização do trabalho na sociedade capitalista e suas expressões contemporâneas. 2012. 136 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Faculdade de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2012.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/2355
Data do documento: 20-dez-2012
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