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http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/9295
Tipo: | Tese |
Título: | Trabalho, educação e emancipação: para uma crítica à educação emancipadora |
Título(s) alternativo(s): | Work, education and emancipation: towards a criticism of emancipational education |
Autor(es): | Barbosa, Mayra de Queiroz |
Primeiro Orientador: | Santos, Edlene Pimentel |
metadata.dc.contributor.referee1: | Holanda, Maria Norma Alcântara Brandão de |
metadata.dc.contributor.referee2: | Paniago, Maria Cristina Soares |
metadata.dc.contributor.referee3: | Jimenez, Maria Susana Vasconcelos |
metadata.dc.contributor.referee4: | Santos, José Deribaldo Gomes dos |
Resumo: | A presente tese busca analisar os fundamentos da educação emancipadora a partir do referencial teórico marxiano-lukacsiano. O percurso do nosso exame tem como base as categorias marxianas que incidem sobre a apreensão do nosso objeto, a saber: o trabalho, categoria fundante do mundo dos homens; o complexo social da educação; e a emancipação política e humana. Notadamente, parte-se da análise da Teoria Social de Karl Marx e da obra de Georg Lukács Para a Ontologia do Ser Social, e demais intelectuais dessa tradição, como: Friedrich Engels, Rosa Luxemburgo, Mariano Fernández Enguita, István Mészáros, José Paulo Netto, Marcelo Braz, Sérgio Lessa, Ivo Tonet, entre outros. Abordam-se também autores que resgatam historicamente a educação nas diferentes formações sociais, a exemplo de Lúcia Aranha, Carlota Boto, Franco Cambi, Mário Manacorda, Aníbal Ponce e Dermeval Saviani. Fundamentado nesses pressupostos metodológicos, o estudo recupera a centralidade da categoria do trabalho no interior da reprodução social, apontando que o trabalho, enquanto categoria primária que funda a sociabilidade humana, permite no interior da formação do ser social o emergir de novos complexos sociais de segunda ordem, a exemplo da educação, a qual possui uma dependência ontológica e uma autonomia relativa ante a esfera fundante. O entendimento dessa determinação permitiu apontar que a gênese, a função social e a estrutura ontológica do complexo social da educação não se confundem com o ato do trabalho. Neste enfoque, a tese enfatiza a importância da interação que se estabelece entre trabalho e educação com as categorias da emancipação política e humana, no sentido de apreender, mediante as experiências políticas do século XVIII ao século XX e nas diferentes propostas e produções teóricas de Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat – Marquês de Condorcet, de Louis-Michel Le Peletier, de Vladimir Lenin, de Nadejda Krupskaya, de Antonio Gramsci, de Theodor Adorno e de Paulo Freire, elementos que fundamentam, contemporaneamente, a defesa e a construção de uma educação para a emancipação, precisamente a partir dos pressupostos da universalidade, da igualdade, da liberdade, da laicidade, da gratuidade e do público/estatal. Com a análise dessas experiências e elaborações indica-se haver uma dualidade acerca do direcionamento dado à educação emancipadora, que nesta tese se denomina como educação humanamente emancipadora, fundada e orientada pela emancipação humana, que tem por base uma nova forma de trabalho – o trabalho associado; e uma educação politicamente emancipadora, que resguarda em seu interior elementos emancipadores, todavia, encontra na emancipação política seus limites: o trabalho assalariado e a divisão entre trabalho manual e intelectual. Respaldada na investigação ontológica marxiano-lukacsiana, nossa crítica se sustenta na seguinte defesa: a construção de uma educação emancipadora, no âmbito da ordem capitalista, tem na emancipação política burguesa sua razão de ser. Por essa condição, a construção de uma educação humanamente emancipadora requer, em termos ontológicos, a plena expressividade do complexo social da educação no interior do gênero humano. Uma educação que verdadeiramente se realize fundada na universalidade, igualdade, integralidade e liberdade em direção à formação omnilateral. Defende-se que somente sob uma nova e radical forma de sociabilidade assentada no trabalho verdadeiramente universal, livre, consciente e coletivo é que se torna possível uma educação humanamente emancipadora. |
Abstract: | This thesis seeks to analyze the foundations of emancipatory education from the Marxian- Lukacsian theoretical framework. The course of our examination is based on the Marxian categories that affect the apprehension of our object, namely: work, the founding category of the world of men; the social complex of education; and political and human emancipation. Notably, it starts from the analysis of Karl Marx's Social Theory and the work of Georg Lukács For the Ontology of Social Being, and other intellectuals of this tradition, such as: Friedrich Engels, Rosa Luxemburgo, Mariano Fernández Enguita, István Mészáros, José Paulo Netto , Marcelo Braz, Sérgio Lessa, Ivo Tonet, among others. Authors who historically rescue education in different social formations are also approached, such as Lúcia Aranha, Carlota Boto, Franco Cambi, Mário Manacorda, Aníbal Ponce and Dermeval Saviani. Based on these methodological assumptions, the study recovers the centrality of the category of work within social reproduction, pointing out that work, as a primary category that founds human sociability, allows, within the formation of the social being, the emergence of new second-class social complexes. order, like education, which has an ontological dependence and a relative autonomy in relation to the founding sphere. The understanding of this determination allowed us to point out that the genesis, the social function and the ontological structure of the social complex of education are not confused with the act of work. In this approach, the thesis emphasizes the importance of the interaction that is established between work and education with the categories of political and human emancipation, in the sense of apprehending, through political experiences from the 18th to the 20th century and in the different proposals and theoretical productions of Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat – Marquis de Condorcet, Louis-Michel Le Peletier, Vladimir Lenin, Nadejda Krupskaya, Antonio Gramsci, Theodor Adorno and Paulo Freire, elements that underlie, at the same time, the defense and construction of a education for emancipation, precisely from the presuppositions of universality, equality, freedom, secularism, gratuity and the public/state. With the analysis of these experiences and elaborations, it is indicated that there is a duality about the direction given to emancipatory education, which in this thesis is called humanly emancipatory education, founded and guided by human emancipation, which is based on a new form of work - work associate; and a politically emancipatory education, which shelters emancipatory elements within it, however, finds its limits in political emancipation: salaried work and the division between manual and intellectual work. Supported by the Marxian-Lukacsian ontological investigation, our critique is based on the following defense: the construction of an emancipatory education, within the scope of the capitalist order, has its raison d'être in bourgeois political emancipation. Due to this condition, the construction of a humanely emancipating education requires, in ontological terms, the full expressiveness of the social complex of education within the human race. An education that truly takes place based on universality, equality, integrality and freedom towards omnilateral training. It is argued that only under a new and radical form of sociability based on truly universal, free, conscious and collective work is a humanly emancipating education possible. |
Palavras-chave: | Educação emancipadora Trabalho Educação Emancipação política Emancipação humana Emancipatory education Work Education Political emancipation Human emancipation |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Alagoas |
Sigla da Instituição: | UFAL |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Citação: | BARBOSA, Mayra de Queiroz. Trabalho, educação e emancipação: para uma crítica à educação emancipadora. 2022. 363 f. Tese (Doutorado em Serviço Social) – Faculdade de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2022. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/9295 |
Data do documento: | 31-mar-2022 |
Aparece nas coleções: | Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FSSO |
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