00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) IP - INSTITUTO DE PSICOLOGIA Dissertações e Teses defendidas na UFAL - IP
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Tipo: Dissertação
Título: Estresse de minoria em populações sexo gênero diversas: mensuração e análises multigrupais
Título(s) alternativo(s): Minority stress in sex gender diverse populations: measurement and multigroup analysis
Autor(es): Souza, Isabellí Geovanutti Farias de
Primeiro Orientador: Freires, Leogildo Alves
metadata.dc.contributor.referee1: Loureto, Gleidson Diego Lopes
metadata.dc.contributor.referee2: Fernandes, Sheyla Christine Santos
Resumo: As discriminações sofridas por pessoas de grupos minorizados sexo gênero diversos é um tema clássico quando se considera a investigação contextual do público-alvo. No Brasil, esse aspecto é evidenciado com maior magnitude, visto que o país figura como um dos que mais violenta e mata pessoas que se identificam como LGBTPQIAN+ no mundo. A partir disso, a Teoria do Estresse de Minorias (TEM), aparece como uma via de pensamento que considera estressores específicos de cada grupo minorizado sexo gênero diversos, se diferenciando entre si e em comparação com pessoas que se encaixam nas cisheteronormas. Diante disso, esta dissertação teve como objetivo geral avaliar o estresse de minorias em pessoas de populações sexo gênero diversas (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis e Transsexuais) no contexto brasileiro. Para tanto, o Artigo I objetivou adaptar o Protocolo para Avaliar o Estresse de Minorias em LGBTs - Lésbicas, Gays e Bissexuais (PEM-LGB-BR) para a população T (PEM-T-BR), a fim de proporcionar um instrumento para investigar o contexto específico deste público-alvo, considerando suas características próprias, bem como o tipo de discriminação específica que tal grupo sofre diariamente. Sendo assim, a adaptação foi realizada com base na literatura científica, e o instrumento adaptado foi avaliado por cinco juízes(as) experts na área de psicologia, com idade variando de 28 a 39 anos (M= 31,40, DP= 5,03), destes, 60% tinham o grau de titulação de doutores(as), e 40% mestres. Além disso, a validação semântica contou também com a participação de seis pessoas trans, que julgaram a inteligibilidade do instrumento, os e as participantes apresentaram idades variando entre 24 e 43 anos (M= 33,83, DP= 7,35). Os resultados da análise semântica apontam que a adaptação do instrumento seguiu os critérios teóricos e práticos de medidas psicométricas, apresentando então bons indicadores de validade de conteúdo. Posteriormente, contou-se com a participação de 200 mulheres trans, com idade variando entre 18 e 44 anos (M= 27,57, DP= 6,02), que responderam ao questionário de pesquisa, contendo o PEM-T-BR e a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21). A partir disso, realizaram-se análises de validade de construto e confiabilidade do instrumento, nos quais os resultados confirmam a sua adequabilidade prática, teórica e empírica, possibilitando a aplicação do instrumento em larga escala no contexto brasileiro. Ademais, o Artigo II teve como objetivo a investigação da incidência de estresse de minorias em grupos minorizados sexo gênero diversos, considerando o recorte LGBTs, além de investigar os impactos do estresse de minorias em indicadores de mal-estar psicológico, desta vez considerando apenas a população T. Para tanto, contou-se com a participação de duas amostras, sendo a primeira a mesma do Artigo I, e a segunda amostra considerando o recorte de pessoas Lésbicas, Gays e Bissexuais (LGBs) e contou com a participação de 283 participantes entre 18 e 35 anos (M= 23,22, DP= 3,50), dentre estes, 105 pessoas se declararam bissexuais (40,63%), 95 pessoas gays (33,57%) e 68 pessoas lésbicas (24,03%). Os resultados corroboraram a hipótese de maior afetação psicológica na população T que, por sua vez, apresentou números significativamente maiores de estressores de minorias, confirmando os achados da literatura, que indicam que o contexto social de pessoas travestis e transexuais são demarcados de mais experiências discriminatórias que outros subgrupos minorizados, como LGBs. Além disso, a Modelagem por Equações Estruturais (MEE) possibilitou a investigação do impacto desse estresse de minorias da população T nos indicadores de mal-estar psicológico investigados neste estudo (Depressão, Ansiedade e Estresse). A partir disso, foi possível observar que o estresse de minorias apresentou influência significativamente alta no estresse geral percebido por pessoas trans, que por sua vez, apresentou influências igualmente significativas na presença de depressão e ansiedade. Os achados deste estudo corroboram mais uma vez com os achados da literatura científica, que indicam que os estressores de minorias são uma parcela adicional ao estresse comum do cotidiano dos seres humanos, mas aparecem também como fatores preponderantes para a maior marginalização e vulnerabilidade de pessoas travestis e transsexuais a apresentarem indicadores de saúde mental fragilizados.
Abstract: Discrimination suffered by people from different gender minorities is a classic theme when considering the contextual investigation of the target audience. In Brazil, this aspect is evidenced with greater magnitude, since the country is one of the most violent and kills people who identify themselves as LGBTPQIAN+ in the world. From this, the Minority Stress Theory (TEM) appears as a way of thinking that considers specific stressors of each sexually minorized group, differentiating between themselves and in comparison with people who fit the cisheteronorms. Therefore, this dissertation had as general objective to evaluate the stress of minorities in people of diverse gender populations (Lesbians, Gays, Bisexuals and Transvestites and Transsexuals) in the Brazilian context. To this end, Article I aimed to adapt the Protocol to Assess Minority Stress in LGBTs - Lesbians, Gays and Bisexuals (PEM-LGB-BR) for the T population (PEM-T-BR), in order to provide an instrument to investigate the specific context of this target audience, considering its own characteristics, as well as the type of specific description that this group suffers on a daily basis. Therefore, the adaptation was carried out based on the scientific literature, and the adapted instrument was evaluated by five expert judges in the area of psychology, aged between 28 and 39 years (M= 31.40, SD= 5, 03 ), of these, 60% had a doctoral degree and 40% had a master's degree. In addition, the semantic validation also counts on the participation of six trans people, who judged the intelligibility of the instrument, and as participants were aged between 24 and 43 years (M= 33.83, SD= 7.35). The results of the semantic analysis indicate that the adaptation of the instrument followed the theoretical and practical criteria of psychometric measures, thus presenting good indicators of content validity. Subsequently, 200 trans women participated, aged between 18 and 44 years (M= 27.57, SD= 6.02), who responded to the survey quarter, containing the PEM-T-BR and the Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21). From this, analyzes were carried out to validate the instrument's construct and reliability, in which the results confirm its practical, theoretical and empirical suitability, allowing the application of the instrument on a large scale in the Brazilian context. In addition, Article II aimed to investigate the incidence of minority stress in sexually minorized groups, considering the LGBT population, in addition to investigating the effects of minority stress on indicators of psychological distress, this time considering only the T population To this end, I count on the participation of two Samples, the first being the same as in Article I, and the second sample considering the selection of Lesbian, Gay and Bisexual (LGBs) people, and I count on the participation of 283 participants among 18 and 35 years old (M= 23.22, SD= 3.50), among these, 105 people declared themselves bisexual (40.63%), 95 gay people (33.57%) and 68 lesbian people (24.03% ). The results corroborate the hypothesis of greater psychological affectation in the T population, which, in turn, presented significantly higher numbers of minority stressors, confirming the findings in the literature, which indicate that the social context of transvestite and transgender people is demarcated from more discriminatory experiences than other minorized subgroups such as LGBs. In addition, Structural Equation Modeling (SEM) made it possible to investigate the impact of this stress of minorities of population T on the indicators of psychological distress investigated in this study (Depression, Anxiety and Stress). From this, it was possible to observe that the stress of minorities had a significantly high influence on the general stress perceived by trans people, which, in turn, had equally marked influences on the presence of depression and anxiety. The findings of this study corroborate once again with the findings of the scientific literature, which indicate that the stressors of minorities are an addition to the common stress of the daily life of human beings, but also appear as preponderant factors for the greater marginalization and vulnerability of transvestites and transsexuals have fragile mental health indicators.
Palavras-chave: Teoria do Estresse de Minorias
Grupos Minorizados Sexo Gênero Diversos
Travestilidade
Transsexualidade
Minority stress
Minority groups sex gender diverse
Transvestite
Transsexuals
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Citação: SOUZA, Isabellí Geovanutti Farias de. Estresse de minoria em populações sexo gênero diversas: mensuração e análises multigrupais. 2023. 75 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Instituto de Psicologia, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2023.
Tipo de Acesso: Acesso Embargado
URI: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/11837
Data do documento: 14-mar-2023
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