00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) FALE - FACULDADE DE LETRAS Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FALE
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/9303
Tipo: Dissertação
Título: Narrativas ancestrais de Auritha Tabajara e Eliane Potiguara: memória, cosmovisão e polifonia nas literaturas indígenas
Título(s) alternativo(s): Auritha Tabajara and Eliane Potiguara's ancestral narratives: memory, cosmovision and polyphony in indigenous literatures
Autor(es): Silva Filho, Joel Vieira da
Primeiro Orientador: Medeiros, Ana Clara Magalhães de
metadata.dc.contributor.referee1: Melo, Carlos Augusto de
metadata.dc.contributor.referee2: Silva , Susana Souto
Resumo: Esta dissertação estuda as literaturas de autoria indígena no Brasil contemporâneo. Para tanto, elegemos as obras Coração na aldeia, pés no mundo (2018) e A cura da terra (2015), das escritoras indígenas Auritha Tabajara e Eliane Potiguara, respectivamente, para destacar como as narrativas indígenas configuram novas formas de se observar o próprio indígena na cena literária, seja enquanto personagem, seja na condição autoral. Confronta-se, portanto, a realidade tradicional da literatura brasileira, em que esses sujeitos foram sempre postos à margem, representados como selvagens, bárbaros e atrasados. As obras corpora refletem marcas memoriais e ancestrais, bem como oferecem espaço para o debate teórico sobre polifonia e cosmovisão. Coração na aldeia, pés no mundo (2018) é uma narrativa poética em formato de cordel que revela um texto com marcas autobiográficas em verso popular. Obra que rompe com a proposta canônica de diversas formas: trata-se de uma mulher indígena que produz literatura de cordel e ainda se autoficcionaliza. A cura da terra (2015), por sua vez, apresenta os malefícios da dominação colonial, ao tempo em que destaca a resistência e a formação identitária, memorial e ancestral da criança indígena. O referencial teórico utilizado nesta pesquisa é, em grande parte, composto por pesquisadores indígenas – a exemplo de Graça Graúna, Márcia Kambeba e Daniel Munduruku – e brasileiros não indígenas que apoiam a luta desses povos, a exemplo de Maria Inês de Almeida, Heliene Costa e Janice Thiél. Outros estudiosos da literatura e da cultura, ainda que provenientes do universo eurocêntrico, serão acionados para a composição de um pensamento efetivamente dialógico, tais como Mikhail Bakhtin, Walter Benjamin, Paul Zumthor, Paul Hiebert, dentre outros, de forma a tecermos uma arena polifônica de vozes compromissadas com o reconhecimento e a valorização das literaturas dos povos indígenas.
Abstract: This essay studies the literatures of indigenous authorship in contemporary Brazil. For that, we chose the works Coração na aldeia, pés no mundo (2018) and A cura da terra (2015), from the indigenous writers Auritha Tabajara and Eliane Potiguara, respectively, to highlight how the indigenous narratives set up new ways of observing the indigenous people themselves in the literary scene, either as a character or as an author. Therefore, the traditional reality of Brazilian literature is confronted, in which these subjects were always put on the sidelines, represented as wild, barbarian and outdated. The corpora works reflect memorial and ancestral marks, as well as they offer space for the theoretical debate about polyphony and worldview. Coração na aldeia, pés no mundo (2018) is a poetic narrative in cordel format that reveals a text with autobiographical marks in popular verse. Work that breaks with the canonical proposal in several ways: it's about an indigenous woman who produces cordel literature and, moreover, fictionalizes herself. On the other hand, A cura da terra (2015) shows the harm of colonial domination, at the same time it highlights the resistance and the identity, memorial and ancestral formation of the indigenous child. The theoretical reference used in this research is largely formed by indigenous reserchers – taking Graça Graúna, Márcia Kambeba and Daniel Munduruku as an example – and non indigenous Brazilians who support the fight of those peoples, taking Maria Inês de Almeida, Heliene Costa and Janice Thiél as an example. Other scholars of literature and culture, even if coming from the Eurocentric universe, will be called upon to compose an effectively dialogic thought, such as Mikhail Bakhtin, Walter Benjamin, Paul Zumthor, Paul Hiebert, among others, in order to weave a polyphonic arena of voices committed to the recognition and appreciation of the literatures of indigenous peoples.
Palavras-chave: Tabajara, Auritha, 1980-
Potiguara, Eliane, 1950-
Literatura indígena
Cosmovisão
Polifonia
Ancestralidade
Tabajara, Auritha, 1980-
Potiguara, Eliane, 1950-
Indigenous Literature
Cosmovision
Polyphony. ancestry
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura
Citação: SILVA FILHO, Joel Vieira da. Narrativas ancestrais de Auritha Tabajara e Eliane Potiguara: memória, cosmovisão e polifonia nas literaturas indígenas. 2022. 163 f. . Dissertação (Mestrado em Linguística e Literatura) - Faculdade de Letras, Programa de Pós Graduação em Linguística e Literatura, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2022.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/9303
Data do documento: 21-fev-2022
Aparece nas coleções:Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FALE



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.