00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) CECA - CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS UNIDADE VIÇOSA TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) - GRADUAÇÃO - UNIDADE VIÇOSA Trabalhos de de Conclusão de Curso (TCC) - Bacharelado - MEDICINA VETERINÁRIA - UNIDADE VIÇOSA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/17395
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: Esporotricose em gatos comunitários do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes
Autor(es): VARGAS, Yana Gabriella de Morais
Primeiro Orientador: NOTOMI, Márcia Kikuyo
metadata.dc.contributor.referee1: ESCODRO, Pierre Barnabé
metadata.dc.contributor.referee2: CALHEIROS, Luís Gustavo Ramos de Morais
Resumo: A esporotricose é uma dermatofitose causada por fungos do gênero Sporothrix, que pode acometer humanos e animais. O fungo pode ser encontrado no solo, pedaços de madeira, plantas vivas e em material vegetal em decomposição, sendo que a transmissão da doença ocorre pela inoculação traumática do fungo através da pele, de animal para animal, ou de animal para o ser humano, por meio de mordeduras, arranhaduras e contato com exsudatos de lesões cutâneas. Os felinos machos, não castrados com livre acesso à rua, são predispostos e apresentam um papel importante na transmissão do agente, proveniente de ferimentos por brigas com outros gatos infectados. Pessoas que estão envolvidas no cuidado com animais doentes e mulheres com idade mediana de 41 anos, também estão mais propensas a contrairem a doença. Além do elevado risco que pessoas imunossuprimidas correm, pois em aproximadamente 23% dos casos de esporotricose humana foi observada em pacientes com enfermidades primárias, como HIV, neoplasias malignas, quadros infecciosos, entre outras. Somado a isso, a espécie S. brasiliensis que é atualmente a espécie predominante no Brasil e é considerada de alto potencial zoonótico além de ser a mais virulenta em termos de mortalidade, dano tecidual e disseminação sistêmica. Diante disso, esse estudo relata dois casos de esporotricose em gatos comunitários residentes em área do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, com transmissão para o seu cuidador em um dos casos, afim de alertar a importância do controle da esporotricose em ambientes de risco como os hospitais, onde os gatos circulam em diferentes ambientes podendo entrar em contato direto ou indireto com pessoas portadoras de afecções primárias, imunologicamente debilitadas e passiveis a infecção com esporotricose.
Abstract: Sporotrichosis is a dermatophytosis caused by fungi of the genus Sporothrix, which can affect humans and animals. The fungus can be found in the soil, pieces of wood, living plants and in decomposing plant material, and the transmission of the disease occurs by the traumatic inoculation of the fungus through the skin, from animal to animal, or from animal to human being, through bites, scratches and contact with exudates from skin lesions. Male felines, not castrated with free access to the street, are predisposed and play an important role in the transmission of the agent, resulting from injuries caused by fights with other infected cats. People who are involved in the care of sick animals and women with a median age of 41 years are also more likely to contract the disease. In addition to the high risk that immunosuppressed people are at, since in approximately 23% of cases of human sporotrichosis it was observed in patients with primary diseases, such as HIV, malignant neoplasms, infectious conditions, among others. Added to this, the species S. brasiliensis, which is currently the predominant species in Brazil and is considered of high zoonotic potential, in addition to being the most virulent in terms of mortality, tissue damage and systemic dissemination. In view of this, this study reports two cases of sporotrichosis in community cats residing in the area of the University Hospital Professor Alberto Antunes, with transmission to their caregiver in one of the cases, in order to alert the importance of controlling sporotrichosis in risk environments such as hospitals where cats circulate in different environments and may come into direct or indirect contact with patients with primary diseases, immunologically debilitated and susceptible to infection with sporotrichosis.
Palavras-chave: saúde única
one health
zoonose
zoonosis
felino
feline
fungo
fungus
Sporothrix
Sporothrix.
CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA::MEDICINA VETERINARIA PREVENTIVA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.department: Curso de Medicina Veterinária - Bacharelado
Citação: ALMEIDA-PAES, R. et al. Sporotrichosis in Rio de Janeiro, Brazil: Sporothrix brasiliensis is associated with atypical clinical presentations. PLoS Neglec Trop Dis. 2014 ;v. 18: p.3094. BARROS M. B. L., PAES R. A., SCHUBACH A.O. 2011. Sporothrix schenckii and Sporotrichosis. Clin. Microbiol. Rev. v. 24 n. (4): p. 633-654. BARROS, M. B. et al. Esporotricose: a evolução e os desafios de uma epidemia. Rev Panam Salud Publica. 2010 Jun; v. 27 n.(6): p.455-60. BARROS, M. B. L., et al. Cat-transmitted sporotrichosis epidemic in Rio de Janeiro, Brazil: description of a series of cases. Clinical Infectious Diseases, v. 38, n. 4, p. 529-535, 2004. BRASIL, São Paulo. Lei n. 12.916, de 16 de Abril de 2008. Dispõe sobre o controle da reprodução de cães e gatos e dá providências correlatadas. Diário Oficial – Executivo, São Paulo, SP, 17 de abr. 2008. Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2008/lei-12916-16.04.2008.html > Acesso em: 21 jan. 2023. BAZZI, T. et al. Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felina. Pesq. Vet. Bras. Rio de Janeiro, v. 36, n. 4, p. 303-311, 2016. CASTRO, R. A. et al. Differences in cell morphometry, cell wall topography and Gp70 expression correlate with the virulence of Sporothrix brasiliensis clinical isolates. Plos One, The University of Texas at San Antonio, United States of America, 7 Oct, 2013. v. 8, n. 10, p. 1-17, Oct 2013. CONTI-DIAZ I. A. Epidemiology of sporotrichosis in Latin America. Mycopathologia. v 108 n. (2): p.113-6. Nov 1989. CRUZ, L. C. H. Complexo Sporothrix schenckii. Revisão de parte da literatura e considerações sobre o diagnóstico e a epidemiologia. Veterinária e Zootecnia., São Paulo. v.20 (Edição Comemorativa), p.08-28, 2013. DIXON, D. M. et al. Isolation and characterization of Sporothrix schenckii from clinical and environmental sources associated with the largest U.S. epidemic of sporotrichosis. J Clin Microbiol. New York, v. 29 n. (6): p. 1106-1113, Mar 1991. DE BEURMAN L., RAMOND. Abcès sous-cutanés multiples d’origine mycosique. Annales de Dermatologie et de Syphiligraphie. 1903; v. 4 n.(4): p. 678-685. DONADEL, K.W., et al. Esporotricose: revisão. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v.68, n. 1. p.45-52. 1993. 34 DUNSTAN R. W., et al. Esporotricose felina: relato de cinco casos com transmissão para humanos. J Am Acad Dermatol, Michigan, v.15: n. 1, p. 37–45. Jul 1986. ESPINOSA-TEXIS A., et al. Study of 50 patients with sporotrichosis: clinical and laboratory assessment [in Spanish]. Gac Med Mex, v.137 n.(2): p. 111–6. Mar-Apr 2001. SBMT, 2020. Esporotricose: número de casos deve aumentar e há risco de surto no País, alerta infectologista. Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2020. Disponível em: https: //sbmt.org.br/sporotrichosis-number-of-cases-should-increase- and-there-is-risk-of-an-outbreak-in-the-country-warns-infectologist/?lang=pt. Acesso em: 08, janeiro de 2023. FERREIRO, L. et al. Zoonoses micóticas em cães e gatos. Acta scientiae veterinarie, Porto Alegre, v. 35: n. 2. P. 296- 299, 2007. FREITAS D.F., et al. Esporotricose no Sistema Nervoso Central Causada por Sporothrix brasiliensiS. Clin Infect Dis. v. 61: p.663---4; 2015. GENARO, G. Gato doméstico: futuro desafio para controle da raiva em áreas urbanas. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 30, n. 2, p. 186-189, 2010. GREMIÃO I.D.F., et al. Intralesional Amphotericin B in a cat with a refractory localised sporotrichosis. J Fel Med Surg 2009; v. 11 n. (8): p. 720-3. GREMIÃO I.D.F. et al. Esporotricose felina: aspectos epidemiológicos e clínicos. Med Mycol. v. 53: p. 15–21, 2015. https://doi. org/10.1093/mmy/myu061 GREMIÃO I.D.F., et al. Guideline for the management of feline sporotrichosis caused by Sporothrix brasiliensis and literature revision. Brazilian Journal of Microbiology. V. 52: p. 107-124. Sep 2020. KAUFFMAN, C.A., et al. Clinical practice guidelines for the management of sporothricosis: 2007 update by Infectious Disease Society of America. Clin Infect Dis, v.45, p. 1255-65, 2007. KWON-CHUNG, K.J.; BENNETT, J.E. Sporotrichosis. In: JOHN WILLARD RIPPON, Medical mycology. Philadelphia: Lea & Fibeger, 1992. p.707-729. LARSSON, C. E.; LUCAS, R. Esporotricose. LARSSON, C. E.; NITTA, C.Y. Tratado de Medicina Externa: Dermatologia Veterinária. Interbook Editora; 2a edição (1 janeiro 2019). LARSSON, C.E. Esporotricose. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. v. 48, n.3, p.250-259, 2011. LLORET A., et al. Sporotrichosis in cats: ABCD guidelines on prevention and management. J Feline Med Surg,,v.15 n. (7): p. 619-23, Jul 2013. 35 LOPES-BEZERRA L. M. et al. Sporotrichosis between 1898 and 2017: The evolution of knowledge on a changeable disease and on emerging etiological agents. Med Mycol. V. 1, p. 126-143, Apr 2018. DOI: 10.1093/mmy/myx103. PMID: 29538731. LOPES-BEZERRA L. M., SCHUBACH A., COSTA R. O. Sporothrix schenckii and sporotrichosis. Acad. Bras. Cienc. v. 78, n. (2): p. 293-308. 2006. Marimon R., et al. Sporothrix brasilensis, S. globosa e S. mexicana, três novas espécies de Sporothrix de interesse clínico. J Clin Microbiol. 2007; v. 45: p. 3198- 206. MOTHÉ, G. Estudos da interação entre fagócitos do Felis catus (Linnaeus, 1758) e os principais agentes etiológicos da esporotricose. Tese (Pós- Graduação em Medicina Veterinária) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021. NAKASU, C. C. T., et al. Feline sporotrichosis: a case series of itraconazole-resistant Sporothrix brasiliensis infection. Brazilian Journal of Microbiology, [s. l.], 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s42770-020-00290-5. NOBRE, M. O., et al. Drogas antifúngicas para pequenos e grandes animais. Cienc. Rural, São Paulo. v.32, n. 1, p.175-184, 2002. OROFINO-COSTA, R., et al. Sporotrichosis: an update on epidemiology, etiopathogenesis, laboratory and clinical therapeutics. An Bras Dermatol. v 92 n(5): Sep – Oct 2017. PEREIRA S. A., LOPES-BEZERRA L. M. Guideline for the management of feline sporotrichosis caused by Sporothrix brasiliensis and literature revision. Braz J Microbiol. 2021 Mar; v.52 n.(1): p.107-124. Sep 2020. PEREIRA, S. A. GREMIÃO IDF, MENEZES RC (2015). Esporotricose em Animais: Transmissão Zoonótica. In: Carlos IZ (ed.) Esporotricose. Novos desenvolvimentos e perspectivas futuras, Springer, p. 83-102. PEREIRA, S. A. et al. Response to azolic antifungal agents for treating feline sporotrichosis. Veterinary Record, v. 166, n. 10, p. 290-294, Mar 2010. PIRES, C. Revisao de literatura: esporotricose felina / Feline sporotrichosis: a literature review / Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP / Journal of Continuing Education in Animal Science of CRMV-SP. São Paulo: Conselho Regional de Medicina Veterinária, v. 15, n. 1, p.16- 23, 2017. REIS, ÉRICA G. et al. Potassium iodide capsule treatment of feline sporotrichosis. Journal of Feline Medicine and Surgery, [s. l.], v. 14, n. 6, p. 399–404, 2012. Disponível em: https://doi.org/10.1177/1098612X12441317. 36 RESENDE, P. P. de; FRANCO, A. V. Esporotricose Cutâneo-linfática. Caderno Brasileiro de Medicina, vol. XIV, n. 1, 2, 3, set.- jan., 2001. RIPPON J. Sporotrichosis. In: Rippon J, editor. Medical Mycology - The Pathogenic Fungi and the Pathogenic Actinomycetes. 3rd ed. Philadelphia: W. B. Saunders Company; 1988. p. 325-352. ROCHA, R. F. D. B. Tratamento da esporotricose felina refratária com a associação de iodeto de potássio e itraconazol oral. Rio de Janeiro, 2014. 62 f. Dissertação [Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas] – Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas. ROSA, C. S., et al. Terapêutica Da Esporotricose: Revisão. Science And Animal Health, [s. l.], v. 5, n. 3, p. 212, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.15210/sah.v5i3.11337. SALKUP J. R., BELL K., ROSEN T. Esporotricose cutânea disseminada tratada com itraconazol. Cútis. 2002; v. 69: p.371-4. SCHECHTMAN R.C. Esporotricose: Parte I. Skinmed. V. 8: p.216-20; 2010. SCHUBACH, T. M. P.; MENEZES, R. C.; WANKE, B. Esporotricose.In: Greene, C. E. Doenças Infeciosas em cães e gatos.4a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Cap. 61, p. 678-684. 2015. SCHUBACH T.M., et al. Canine sporotrichosis in Rio de Janeiro, Brazil: clinical presentation, laboratory diagnosis and therapeutic response in 44 cases (1998- 2003). Med Mycol. v. 44 n. (1): p. 87-92. 2006. SCHUBACH T.M., et al. Evaluation of an epidemic of sporotrichosis in cats: 347 cases (1998-2001). Journal of the American Veterinary Medical Association. 224(10): 1623-1629. 2004. SCOTT D, MILLER W, GRIFFIN C. Doenças fúngicas da pele. In: SCOTT D, MULLER G, GRIFFIN C, editors. Muller & Kirk - Dermatologia de pequenos animais. 5th ed. Rio de Janeiro: Interlivros Edições Ltda; 1996. p. 301-369. SILVA, M. B. T., et al. Esporotricose urbana: epidemia negligenciada no Rio de Janeiro, Brasil, Cad. Saúde Pública, v28, n10, p.1867-1880. 2012. SMEGO, R.A JR.; CASTIGLIA, M.; ASPERILLA, M.O.; Lymphocutaneous syndrome: a review of non-sporothrix causes. Medicine (Baltimore). v.78, p.38-63. SOUZA, E. W., et al. Clinical features, fungal load, coinfections, histological skin changes, and itraconazole treatment response of cats with sporotrichosis caused by Sporothrix brasiliensis. Scientific Reports , p. 1–10, Jun 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1038/s41598-018-27447-5. 37 VEASEY J. V., et al. Clinical and laboratory profile of urban sporotrichosis in a tertiary hospital in the city of São Paulo. An Bras Dermatol. 2021; 96:245–8.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/17395
Data do documento: 25-jan-2023
Aparece nas coleções:Trabalhos de de Conclusão de Curso (TCC) - Bacharelado - MEDICINA VETERINÁRIA - UNIDADE VIÇOSA

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TCC_-_Yana_Gabriella_ok_28329_assinado-1.pdfEsporotricose em gatos comunitários do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes1.4 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.