Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/15501
Tipo: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Título: | Uma revisão literária sobre a filariose linfática e a situação da endemia em Maceió - AL |
Autor(es): | Nascimento, Hiago José Rosa do |
Primeiro Orientador: | Calheiros, Cláudia Maria Lins |
metadata.dc.contributor.referee1: | Porto, Wagnner José Nascimento |
metadata.dc.contributor.referee2: | Damasceno, Flávia Silva |
Resumo: | A filariose linfática é uma enfermidade estritamente humana, causada pela Wuchereria bancrofti e transmitida, principalmente, por mosquitos Culex quinquefasciatus. O quadro sintomático crônico é conhecido como elefantíase, representado por alterações linfáticas, principalmente, dos membros inferiores e da bolsa escrotal. O Brasil apresenta áreas históricas de endemismo desta parasitose no norte, nordeste e sudeste. Atualmente só é considerado foco ativo, com a presença de pessoas parasitadas pelo verme adulto, e de mosquitos naturalmente infectados, o Estado de Pernambuco. Desde 1921, Maceió é citada como a capital onde se encontra portadores autóctones da Wuchereria bancrofti, quando Coqueiro encontrou um índice de 17% de microfilarêmicos, de 634 pessoas examinadas. DEANE et al (1953) encontraram 0,3% de um total de 6.052 pessoas examinadas. Na década de 1990 foi realizado inquéritos hemoscópicos nos diversos bairros de Maceió, sendo examinados 10.450 e 0,6% de portadores microfilarêmicos, distribuídos em oito bairros, com os maiores índices para os bairros Feitosa (5,23%) e Jacintinho (1,24%), aqui sendo observado a característica focal da endemia. Neste período houve um trabalho integrado nos âmbitos municipal e federal, com busca ativa e tratamento dos microfilarêmicos. A presente revisão de literatura pretende realizar uma reflexão sobre os últimos 20 anos que nossa capital é considerada área livre da infecção. Historicamente, o encontro de microfilarêmicos assintomáticos se concentrou em bairros próximos ao vale do Reginaldo. Tanto na década de 50, quanto na de 90 os mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus encontrados naturalmente infectados, também advinham desses bairros (principalmente Jacintinho e Feitosa). A manutenção de áreas endêmicas é diretamente proporcional à deficiência de saneamento básico, que mantém altas populações de mosquitos, em áreas urbanas densamente povoadas, onde residem populações sócio-economicamente desprivilegiadas, com baixos índices econômicos e sociais. Apesar das melhorias ambientais observadas nestas áreas, ao longo das décadas, essas populações também cresceram e, por se tratar de agentes biológicos (mosquito e parasito), com suas capacidades adaptativas, é oportuno questionar o certificado de erradicação fornecido pela OPAS, com base em dados de mais de vinte anos atrás. De 2010 a 2013 a vigilância epidemiológica municipal realizou exames em diversos bairros de Maceió, não sendo encontrados portadores do parasito. Entretanto, a metodologia e a frequência dessas avaliações necessitam ser melhores definidas. Assim é sugerida a reavaliação periódica de, no mínimo 10 anos de intervalo, das áreas historicamente endêmicas de filariose em Maceió, nos bairros fronteiriços ao vale de Reginaldo (Feitosa, Jacintinho, Pitanguinha e Poço), tanto com buscas ativas de microfilarêmicos assintomáticos, quanto com captura e verificação da infecção do vetor por técnicas moleculares. |
Abstract: | Lymphatic filariasis is a strictly human disease, caused by Wuchereria bancrofti and transmitted mainly by Culex quinquefasciatus mosquitoes. The chronic symptomatic condition is known as elephantiasis, represented by lymphatic changes, mainly in the lower limbs and scrotum. Brazil has historical areas of endemism for this parasite in the north, northeast and southeast. Currently, it is only considered an active focus, with the presence of people parasitized by the adult worm, and naturally infected mosquitoes, in the State of Pernambuco. Since 1921, Maceió has been cited as the capital where autochthonous carriers of Wuchereria bancrofti are found, when Coqueiro found a 17% microfilaremic rate, out of 634 people examined. DEANE et al (1953) found 0.3% of a total of 6,052 people examined. In the 1990s, hemoscopic surveys were carried out in the various neighborhoods of Maceió, examining 10,450 and 0.6% of microfilaremic carriers, distributed across eight neighborhoods, with the highest rates in the neighborhoods Feitosa (5.23%) and Jacintinho (1. 24%), here the focal characteristic of the endemic is observed. During this period, there was integrated work at the municipal and federal levels, with active search for and treatment of microfilaremic infections. This literature review aims to reflect on the last 20 years that our capital has been considered an infection-free area. Historically, the number of asymptomatic microfilaremic patients was concentrated in neighborhoods close to the Reginaldo Valley. Both in the 1950s and in the 1990s, mosquitoes of the Culex quinquefasciatus species found naturally infected also came from these neighborhoods (mainly Jacintinho and Feitosa). The maintenance of endemic areas is directly proportional to the lack of basic sanitation, which maintains high mosquito populations in densely populated urban areas, where socio-economically underprivileged populations reside, with low economic and social indices. Despite the environmental improvements observed in these areas, over the decades, these populations have also grown and, as they are biological agents (mosquitoes and parasites), with their adaptive capabilities, it is opportune to question the eradication certificate provided by PAHO, based on data from more than twenty years ago. From 2010 to 2013, municipal epidemiological surveillance carried out tests in several neighborhoods of Maceió, and no carriers of the parasite were found. However, the methodology and frequency of these assessments need to be better defined. Therefore, it is suggested to periodically reevaluate, at least 10 years apart, the areas historically endemic for filariasis in Maceió, in the neighborhoods bordering the Reginaldo valley (Feitosa, Jacintinho, Pitanguinha and Poço), both with active searches for asymptomatic microfilaremics, and with capture and verification of vector infection using molecular techniques. |
Palavras-chave: | Filariose linfática Filariose - Epidemiologia Wuchereria bancrofti Maceió (AL) Lymphatic Filariasis Epidemiology of Filariasis |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Alagoas |
Sigla da Instituição: | UFAL |
metadata.dc.publisher.department: | Curso de Fármacia - Bacharelado |
Citação: | NASCIMENTO, Hiago José Rosa do. Uma revisão literária sobre a filariose linfática e a situação da endemia em Maceió - AL. 2025. 53 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia) – Instituto de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2024. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/15501 |
Data do documento: | 3-abr-2024 |
Aparece nas coleções: | Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) - Bacharelado - FARMÁCIA - ICF |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Uma revisão literária sobre a filariose linfática e a situação da endemia em Maceió – AL.pdf | 14.84 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.