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http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/15105
Tipo: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Título: | Como pode o sertão ser tão seco? (Re)enunciações de um sertão uno/seco na Literatura Infantil |
Autor(es): | Martins, Maria Letícia de Lima |
Primeiro Orientador: | Santos Filho, Ismar Inácio dos |
metadata.dc.contributor.referee1: | Silva, Fábia Pereira da |
metadata.dc.contributor.referee2: | Santos, Hugo Pedro Silva dos |
Resumo: | Quando vemos os grandes meios de comunicação e a literatura retratando o Sertão, Nordeste, Semiárido, podemos notar uma série de imagens caricatas que tomaram o imaginário nacional desde meados do séc. XIX, (re)enunciando um discurso estereotipado, exibindo a extrema “seca” dos espaços tomados como uno, atrasado, seco, miserável. Apesar de existirem discursos outros, o discurso hegemônico traz essa visão que toma essas espacialidades como reacionárias, exibindo espaços “secos,” “desertos”. Então, pensando as construções discursivas dessas espacialidades, nesta pesquisa, busco realizar uma leitura enunciativo-discursiva do livro literário infantil intitulado de “Ser tão”, de 2016, de autoria de Fábio Monteiro com ilustração de Mauricio Negro, objetivando discutir como a narrativa (re)enuncia sentidos estabilizados sobre o Sertão, Nordeste, Semiárido e como aspectos linguístico-semióticos são mobilizados para manter construções imagéticas e discursivas que reafirmam/realimentam sentidos estereotipados sobre esses espaços. Assim, problematizo como um livro, indicado para crianças de 6 a 10 anos de idade, traz traços de obras de Arte subjetivas e penso quais as implicações para o público. Logo, penso como o Sertão é (re)enunciativo na literatura infantil, pensando os sentidos forjados e quais sentidos estão sendo forjados. Essa pesquisa está vinculada aos pressupostos da Linguística Aplicada Indisciplinar, que considera a relação entre as práticas discursivas e sociais, tomando-as como indissociáveis, para tanto, filio-me aos pressupostos da enunciação concreta do Círculo de Bakhtin, pensando uma pesquisa qualitativa, que possui bases do paradigma interpretativista. Essa pesquisa conta com o referencial teórico dos estudos Albuquerque Jr ((2008; 2011; 2016; 2021), Moita Lopes (2002; 2013; 2015,2022); Santos Filho (2012, 2017; 2020, 2022), Antunes (2012), Martin e Souza (2021), dentre outres. E os resultados da pesquisa mostram que os elementos constitutivos da narrativa literária infantil trazem uma construção linguístico-discursiva, multissemiótica, que continuam a (re)enunciar dizeres de um arquivo audiovisual forjado no séc. XIX. |
Abstract: | When we see the mainstream media and literature portraying the Hinterland, the northeast, and the semi-arid region, we notice a series of caricatured images that have taken over the national imagination since the mid-19th century, (re)enunciating a stereotypical discourse and displaying the extreme “dryness” of spaces seen as one, backward, dry, and miserable. Although there are other discourses, the hegemonic discourse brings this vision that takes these spatialities as reactionary, displaying “dry” and “desert” spaces. So, in this research, thinking about the discursive constructions of these spatialities, an enunciating discursive reading of the book, from the children's literary genre, entitled “Be So”, published in 2016, authored by Fábio Monteiro, with illustration by Mauricio Negro, aims to discuss how the narrative (re)enunciates stabilized meanings about the Hinterland, the Northeast, and the semi-arid region, and how linguistic-semiotic aspects are mobilized to maintain imagery and discursive constructions that reaffirm/reefed stereotypical meanings about these spaces. Thus, the problem of the study shows how a book, recommended for children aged 6 to 10 years old, brings traces of subjective works of art and indicates the implications for the public. Therefore, one imagines how the Hinterland is (re)enunciative in children's literature, thinking about the forged meanings and which meanings are being forged. This research is linked to the assumptions of in-disciplinary applied linguistics, which considers the relationship between discursive and social practices, taking them as inseparable, therefore, it is associated with the assumptions of the concrete enunciation of the Bakhtin Circle under a qualitative approach, which has the bases of the interpretive paradigm. This research relies on the theoretical framework of studies by authors such as Albuquerque Jr. (2008; 2011; 2016; 2021); Moita Lopes (2002; 2013; 2015; 2022); Santos Filho (2012; 2017; 2020; 2022); Antunes (2012); and Martin and Souza (2021), among others. The research results show that the constituent elements of children's literary narrative have a linguistic-discursive, multi-semiotic construction that continues to (re)enunciate words from an audiovisual archive forged in the 19th century. |
Palavras-chave: | Análise do discurso Literatura infantil Sertão Seca (re)enunciações Hinterland dry (re)enunciations speeches children's literature |
CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Alagoas |
Sigla da Instituição: | UFAL |
metadata.dc.publisher.department: | Curso de Letras(Português) - Licenciatura |
Citação: | MARTINS, Maria Letícia de Lima. Como pode o sertão ser tão seco? (Re)enunciações de um sertão uno/seco na Literatura Infantil. 104 f. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa) - Unidade Delmiro Gouveia - Campus do Sertão, Universidade Federal de Alagoas, Delmiro Gouveia, 2024. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/15105 |
Data do documento: | 30-ago-2023 |
Aparece nas coleções: | Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) - Graduação - LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA - UNIDADE DELMIRO GOUVEIA |
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Como pode o sertão ser tão seco, (re)enunciações de um sertão uno, seco, na literatura infantil. (1) (1).pdf | 19.46 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
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