00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) IP - INSTITUTO DE PSICOLOGIA Dissertações e Teses defendidas na UFAL - IP
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/11795
Tipo: Dissertação
Título: Ditadura civil-militar brasileira: rastros, restos e testemunho
Título(s) alternativo(s): Brazilian civil-military dictatorship: traces, remains and testimony
Autor(es): Oliveira, Aline Karolinne Melo
Primeiro Orientador: Andrade, Cleyton Sidney de
metadata.dc.contributor.referee1: Guerra, Andréa Maris Campos
metadata.dc.contributor.referee2: Santos, Tania Coelho dos
metadata.dc.contributor.referee3: Costa, Frederico Alves
Resumo: O presente trabalho busca investigar o que resta da ditadura civil-militar brasileira. O fim da ditadura foi marcado por um Projeto de Lei de Anistia que impossibilitou uma investigação jurídica e a produção de espaços para que as vítimas pudessem falar sobre o que viveram e sofreram. Partimos da hipótese de que essa impossibilidade trouxe consequências para o modo com que o país se organizou pós-ditadura, de tal forma que parte da sociedade nega os abusos cometidos pelo regime e pede por seu retorno. Diferentemente do que aconteceu aqui, a Alemanha pós-guerra realizou uma transição jurídica que foi marcada pela condenação de diversos agentes do comando nazista, possibilitando às vítimas sobreviventes não só a indenização, mas também espaços de memória e fala. Ainda assim, há teses negacionistas sobre o que ocorreu durante o regime nazista, e um desejo de esquecimento dos fatos. Com ou sem tratamento jurídico, algo ainda resta. Desse modo, foi possível inferir que o tribunal não encerra o trauma, e que o que resta da ditadura no Brasil não depende apenas da ausência de um tribunal. Desse modo, utilizamos o testemunho para buscar localizar o que resta da ditadura civil- militar no Brasil, pois o testemunho acolhe aquilo que silencia, aquilo que é impossível de dizer. O testemunho de Flávio Tavares, no livro Memórias do Esquecimento, nos ajuda a apontar para como há um retorno de certa estética da moral, que possibilita fazer da violência uma política de Estado. A partir disso, apontamos que o que resta da ditadura no Brasil é esse modelo de moralidade que reproduz uma lógica de guerra, uma governabilidade de morte e de desaparecimento.
Abstract: The present work aims to investigate what remains of the Brazilian civil-military dictatorship. The dictatorship’s end was marked by an Amnesty Law that made it impossible to do a legal investigation and a creation of spaces that the victims could talk about what they lived and suffered. We start from the hypothesis that this impossibility brought consequences for the way the country was organized after the dictatorship, in such a way that part of society denies the abuses committed by the regime and asks for its return. Differently than what happened here, post-war Germany carried out a legal transition that was marked by the condemnation of several agents of the Nazi command and allowed the surviving victims not only to receive compensation, but also have spaces for remembrance and speech. Even so, there are denialist theses about what happened during the Nazi regime and a desire to forget the facts. With or without legal treatment, something remains. Thereby, it was possible to infer that the court did not end the trauma and that the dictatorship’s rest in Brazil does not depend only on the absence of a court. In this way, we use the testimony in other to locate what remains of the civil-military dictatorship in Brazil, because the testimony welcomes what is silent, what is impossible to say. Flávio Tavares’s testimony, in the book Memórias do Esquecimento, points that there is a return of a certain aesthetics of morality, which makes it possible to transform violence into a State policy. From that, we point it out that what remains of the dictatorship in Brazil is this morality model that reproduces a war logic, a death governability of and a disappearance.
Palavras-chave: Ditadura civil-militar brasileira
Trauma
Testemunho
Transmissão (Psicanálise)
Dictatorship
Testimony
Oblivion
Psychoanalysis
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Citação: OLIVEIRA, Aline Karolinne Melo. Ditadura civil-militar brasileira: rastros, restos e testemunho. 2023. 82 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Instituto de Psicologia, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2023.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/11795
Data do documento: 9-fev-2023
Aparece nas coleções:Dissertações e Teses defendidas na UFAL - IP

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Ditadura civil-militar brasileira_rastros, restos e testemunho.pdf633.8 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.