00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) ICBS - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE Dissertações e Teses defendidas na UFAL - ICBS
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/11570
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisor1Ferreira, Haroldo da Silva-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1777171359432445pt_BR
dc.contributor.referee1Bezerra, Myrtis Katille de Assunção-
dc.contributor.referee2Favaro, Thatiana Regina-
dc.contributor.referee3Cardoso, Marly Augusto-
dc.contributor.referee4Vieira, Regina Coeli da Silva-
dc.creatorSantos, Tamara Rodrigues dos-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/8772091469152450pt_BR
dc.date.accessioned2023-06-15T20:04:54Z-
dc.date.available2024-05-17-
dc.date.available2023-06-15T20:04:54Z-
dc.date.issued2022-12-22-
dc.identifier.citationSANTOS, Tamara Rodrigues dos. Vulnerabilidade social e condições de nutrição e saúde de mulheres e crianças: diferenciais entre a população quilombola e a população geral do estado de Alagoas. 2023. 171 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/11570-
dc.description.abstractThis thesis was developed with the aim of comparing the nutrition and health conditions between quilombola and non-quilombola women and children in the state of Alagoas. To meet the proposed objective, the results chapter is presented in the form of two original articles. Both articles were based on two independent population-based household surveys carried out in the state of Alagoas in 2015 and 2018, involving, respectively, non-quilombola women and children under 5 years of age (State Survey) and quilombola women and children (Quilombola Survey). The State Survey was carried out in 20 of the 102 municipalities in Alagoas, including the state capital, Maceió, while the Quilombola Survey involved 50% (n=34) of the communities of quilombos (CRQs) in Alagoas. Environmental, demographic, socioeconomic, reproductive, and related to women's lifestyle and health, and maternal and child-related data were obtained from structured forms. Anthropometric measurements of women and of the mother-child binomial, and measurement of women's blood pressure were also performed in both surveys. The factors associated with the outcomes were identified by multivariate analysis, according to the theoretical determination model for the hierarchical selection of variables for each outcome. The first article compared the prevalence and factors associated with excess weight and systemic arterial hypertension (SAH) in the two scenarios. Overweight was defined by BMI ≥25 kg/m² and SAH by systolic blood pressure ≥140 mmHg and/or diastolic blood pressure ≥90 mmHg and/or current use of antihypertensive medication. A total of 4,627 women aged 20 to 49 years were evaluated, of which 1,474 were quilombolas and 3,153 were nonquilombolas. The prevalence of overweight (66.8% vs. 62.4%; p=0.005) was higher in quilombola women. There was no difference in the prevalence of hypertension between the groups (23.1% vs. 22.1%; p=0,447). Factors associated with excess weight in quilombola women were: age > 30 years old, presence of severe food insecurity, early menarche (< 12 years of age), having children, and having hypertension. Among non-quilombolas, in addition to age >30 years old, early menarche (< 12 years of age), having children, and presenting hypertension, schooling ≤8 years, and alcohol consumption were also conditions associated with overweight. As for hypertension, the factors associated among quilombolas were: age > 30 years old, education level ≤ 8 years, early menarche (< 12 years years of age), and overweight. Among non-quilombola women, in addition to age > 30 years old, education level ≤ 8 years, and overweight, the presence of severe food insecurity and having had a health problem in the last 15 days were also associated with hypertension. The objective of the second article was to compare the nutritional status and factors associated with stunting, overweight, and anemia among quilombola and non-quilombola children in the state of Alagoas. Anemia was diagnosed when hemoglobin <11.0 g/dL and anthropometric conditions defined by the classification proposed by Ferreira. The sample involved 1,546 children under 5 years old, 555 from quilombolas, and 991 from non-quilombolas. The prevalence of stunting (6.5% vs. 3.5%, p=0.008) and anemia (38.3% vs. 27.4% p<0.001) were higher in quilombola children compared to non-quilombola children. On the other hand, the prevalence of overweight was higher among non-quilombola children: 9.6% vs. 14.1% (p=0.009), respectively. Among quilombola children, the factors associated with stuning were: wealth index below the median, low maternal height, and low birth weight. In addition to low birth weight and low maternal height, among non-quilombola children, other factors associated with stuning was: and age ≤ 24 months. The presence of moderate food insecurity, age ≤ 24 months, and high birth weight were factors associated with overweight among quilombola children. Among non-quilombolas, being overweight was associated with an increase in quartiles of maternal BMI, and high birth weight. As for anemia, the associated factors among the quilombolas were: maternal age (<20 years), age ≤ 24 months, male gender, and health problem in the last 30 days. Among non-quilombolas, maternal education (≤ 8 years), and age ≤ 24 months were factors associated with anemia. We concluded that, in line with the assumptions of social determination in the health and disease process, the socioeconomic disadvantages to which quilombolas women and children are historically subjected reverberate nowadays, as observed by the presence of worse nutrition and health profile. We hoped that these results will be used to guide public policies aimed at facing these conditions, which must consider that, in the state with the worst socioeconomic indicators in the country, quilombola women and children survive in an even more vulnerable scenario.pt_BR
dc.description.sponsorshipCNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológicopt_BR
dc.description.sponsorshipFAPEAL - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoaspt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Alagoaspt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúdept_BR
dc.publisher.initialsUFALpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectNegrospt_BR
dc.subjectDisparidade em saúde, minorias e populações vulneráveispt_BR
dc.subjectDeterminantes sociais da saúdept_BR
dc.subjectDoenças não transmissíveispt_BR
dc.subjectAfrican Continental Ancestry Grouppt_BR
dc.subjectHealth disparitypt_BR
dc.subjectMinority and vulnerable populationspt_BR
dc.subjectSocial determinants of healthpt_BR
dc.subjectNoncommunicable diseasespt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEpt_BR
dc.titleVulnerabilidade social e condições de nutrição e saúde de mulheres e crianças: diferenciais entre a população quilombola e a população geral do estado de Alagoaspt_BR
dc.title.alternativeSocial vulnerability and nutrition and health conditions of women and children: differences between the quilombola population and the general population of the state of Alagoaspt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.description.resumoA presente tese foi desenvolvida com o objetivo de comparar as condições de nutrição e saúde de mulheres e crianças quilombolas e não quilombolas do estado de Alagoas. Para atender ao objetivo proposto, o capítulo de resultados encontra-se apresentado sob a forma de dois artigos originais. Ambos foram baseados em dois inquéritos domiciliares independentes e de base populacional realizados no estado de Alagoas em 2015 e 2018, envolvendo, respectivamente, mulheres e crianças menores de 5 anos não quilombolas (Pesquisa Estadual) e quilombolas (Pesquisa Quilombola). A Pesquisa Estadual foi realizada em 20 dos 102 municípios alagoanos, incluindo capital do estado, Maceió, enquanto a Pesquisa Quilombola envolveu 50% (n=34) das comunidades remanescentes dos quilombos (CRQs) alagoanas. Dados ambientais, demográficos, socioeconômicos, reprodutivos e relacionados ao estilo de vida e à saúde das mulheres, e maternos e relacionados às crianças foram obtidos em formulários estruturados. Mensurações antropométricas de mulheres e do binômio mãe-filho, e aferições da pressão arterial das mulheres também foram realizadas nas duas pesquisas. Os fatores associados aos desfechos foram identificados por análise multivariável, conforme modelo teórico de determinação para seleção hierárquica das variáveis para cada desfecho. O primeiro artigo comparou as prevalências e os fatores associados ao excesso de peso e à hipertensão arterial sistêmica (HAS) nos dois cenários. O excesso de peso foi definido por IMC ≥25 kg/m² e a HAS por pressão arterial sistólica ≥140 mmHg e/ou diastólica ≥90 mmHg e/ou uso atual de medicamento anti-hipertensivo. Foram avaliadas 4.627 mulheres de 20 a 49 anos, sendo 1.474 quilombolas e 3.153 não quilombolas. A prevalência de excesso de peso (66,8% vs. 62,4%; p=0,005) foi superior nas mulheres quilombolas. Não houve diferença na prevalência de HAS entre os grupos (23,1% vs. 22,1%; p=0,447). Os fatores associados ao excesso de peso nas mulheres quilombolas foram: idade > 30 anos, presença de insegurança alimentar e nutricional (INSAN) grave, menarca precoce (< 12 anos), ter filhos e apresentar HAS. Já entre as não quilombolas, além da idade >30 anos, da menarca precoce (< 12 anos), ter filhos e apresentar HAS; a escolaridade ≤8 anos e o consumo de bebida alcoólica também foram associadas ao excesso de peso. Quanto à HAS, os fatores associados entre as quilombolas foram: idade > 30 anos, escolaridade ≤ 8 anos, menarca precoce (< 12 anos) e o excesso de peso corporal. Entre as mulheres não quilombolas, além da idade > 30 anos, escolaridade ≤ 8 anos e excesso de peso, a presença de INSAN grave e ter apresentado problema de saúde nos últimos 15 dias também foram associados à HAS. O objetivo do segundo artigo foi comparar o estado nutricional e os fatores associados ao déficit estatural, ao excesso de peso e à anemia entre crianças quilombolas e não quilombolas do estado de Alagoas. A anemia foi diagnosticada quando a hemoglobina foi <11,0 g/dL e as condições antropométricas definidas pela classificação proposta por Ferreira. A amostra envolveu 1.546 crianças menores de 5 anos, sendo 555 quilombolas e 991 não quilombolas. As prevalências de déficit estatural (6,5% vs. 3,5%, p=0,008) e anemia (38,3% vs. 27,4% p<0,001) foram superiores nas crianças quilombolas em comparação às não quilombolas. Por outro lado, a prevalência de excesso de peso foi superior entre as crianças não quilombolas: 9,6% vs. 14,1% (p=0,009), respectivamente. Entre as crianças quilombolas, os fatores associados ao déficit estatural foram: índice de riqueza inferior à mediana; baixa estatura materna e baixo peso ao nascer. Além da baixa estatura materna e do baixo peso ao nascer, a idade ≤ 24 meses também esteve associada ao déficit estatural entre as crianças não quilombolas. Presença de INSAN moderada, idade ≤ 24 meses e o elevado peso ao nascer (EPN) foram os fatores associados ao excesso de peso entre as crianças quilombolas. Entre as não quilombolas, o excesso de peso foi associado ao aumento nos quartis de IMC materno e ao EPN. Quanto à anemia, os fatores associados entre as quilombolas foram: idade materna (<20 anos), idade ≤ 24 meses, sexo masculino e problema de saúde nos últimos 30 dias. Entre as não quilombolas, escolaridade materna (≤ 8 anos) e idade ≤ 24 meses foram os fatores associados à anemia. Conclui-se que, em consonância com os pressupostos da determinação social no processo de saúde e doença, as desvantagens socioeconômicas as quais as mulheres e crianças quilombolas encontram-se historicamente submetidas reverberam nos dias atuais, como observado pela presença de um pior perfil de nutrição e saúde. Espera-se que esses resultados sejam utilizados para nortear políticas públicas dirigidas ao enfrentamento dessas condições, as quais devem considerar que, no estado com os piores indicadores socioeconômicos do país, mulheres e crianças quilombolas (sobre)vivem em um cenário ainda mais vulnerável.pt_BR
Aparece nas coleções:Dissertações e Teses defendidas na UFAL - ICBS



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.