00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) FALE - FACULDADE DE LETRAS Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FALE
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/riufal/6143
Tipo: Tese
Título: Um estudo autoetnográfico em aulas de língua inglesa no ensino médio: reflexões sobre (de)colonialidades, prática docente e letramento crítico
Título(s) alternativo(s): An autoethnographic study in a high school english language classroom: reflections on (de)colonialities, teaching pratice and critical literacy
Autor(es): Bezerra, Selma Silva
Primeiro Orientador: Ifa, Sérgio
metadata.dc.contributor.referee1: Ono, Fabrício Tetsuya Parreira
metadata.dc.contributor.referee2: Tagata, William Mineo
metadata.dc.contributor.referee3: Stella, Paulo Rogério
metadata.dc.contributor.referee4: Matias, Marcus Vinícius
Resumo: O objetivo desta tese é compreender como o processo de pesquisa provocou reflexões nas minhas práticas e visões de ensino, ao ministrar a disciplina de Língua Inglesa, em uma turma do 1° ano do Ensino Médio, do Instituto Federal de Alagoas, Campus Satuba. A pesquisa situa-se nos estudos da Linguística Aplicada que entendem a língua a partir de uma visão dialógica, inserida em práticas sociais. Ela tem como base os pressupostos teóricos do grupo Modernidade/Decolonialidade, que fazem críticas aos parâmetros eurocêntricos das formas de vida da América Latina e, consequentemente, defendem as formas de produção do conhecimento para além desses parâmetros. Essa proposta busca uma outra ordem social, visando princípios epistemológicos que possam contribuir para o enfrentamento teórico e prático dos efeitos da colonialidade. Tais postulados possibilitam perceber que a sala de aula de língua inglesa também sofreu as consequências da colonialidade, visto que trabalha com métodos e materiais didáticos advindos de países colonizadores. O aporte teórico também está fundamentado no conceito de letramento crítico de Janks (2010; 2012; 2016), compreendido como um exercício de apropriação crítica da linguagem; Monte Mór (2012), entendido como quebra do círculo interpretativo e ampliação de olhares; e Mclaughlin e De Voogd (2004), como prática interventiva, a qual parte do estudo da palavra para a intervenção no mundo. A metodologia utilizada é a autoetnografia (ELLIS; ADAMS; JONES, 2015; 2013), por preconizar as histórias individuais para construção/ampliação de teorias e o respeito das identidades culturais dos participantes envolvidos no processo. Trata-se, assim, de uma narrativa de um processo investigativo, no qual há a descrição e a interpretação dos/das meus/minhas passos/escolhas percorridos/as em uma das turmas do Ensino Médio, assim como das produções e falas das/dos minhas/meus alunas/alunos. Minha prática de ensino investigada no estudo possibilitou um trabalho crítico e reflexivo com cinco temas escolhidos pelos participantes, a saber: noções de amor, problemas enfrentados por mulheres, imigração, preservação ambiental e história da língua inglesa. Como resultado, identifiquei vários momentos que provocaram reflexões e a reconstrução do meu fazer docente, como a participação dos/das alunos/alunas nas decisões acerca dos procedimentos de sala de aula; o relacionamento com a turma dentro e fora do espaço pedagógico; e o desenvolvimento de um trabalho de conscientização e de ação social. Nas observações dos/das alunos/alunas, foram identificados posicionamentos críticos e reflexivos relacionados à visibilidade da mulher na sociedade, ao preconceito racial e à necessidade de ação consciente no mundo. Também foram problematizados os discursos que apontavam os efeitos da colonialidade nas falas dos participantes da turma e nas práticas de sala de aula da professora, autora desta pesquisa.
Abstract: This thesis aims at understanding how the research process triggered reflections in my views and practices of teaching, while I taught English Language to a first year high school group at Federal Institute of Alagoas, Campus Satuba. The research lies in the field of Applied Linguistics, which views language from a dialogic view, one inserted in social practices. It is based on theoretical assumptions of the Decoloniality/Modernity group that criticizes Eurocentric parameters of Latin American ways of life and, as a consequence, advocate ways of knowledge production apart from those parameters. This theory pursues another social order,searching epistemological principles that can contribute to a theoretical and practical confront to the effects of coloniality. Those postulates help to see that the English Language classroom also underwent coloniality consequences, since it works with textbooks and methods produced in colonizer countries. The theoretical support is also based on the concept of critical literacy from Janks (2010; 2012; 2016), understood as an exercise of critical language appropriation; Monte Mór (2012), comprehended as breaking the interpretative circle and expansion of perspectives; and Mclaughlin e De Voogd (2004), as an intervention practice, that comes from the study of the word as a means to intervening in the world. The methodology applied is autoethonography (ELLIS; ADAMS; JONES, 2015, 2013), because it advocates individual stories in order to construct/expand theories and the respect to cultural identities of the participants involved in the process. It is a narrative of an investigation process, with description and interpretation of my steps and choices in a high school group, as well as the productions and speeches of my students. My teaching practice investigated in the study allowed a critical work with five subjects chosen by students, such as: notions of love, problems faced by women, immigration, environment protection and English language history. As a result, I noticed many moments that trigged reflections and reconstructions of my teaching practice, such as: students’ participation in classroom procedures, the relationship with the group in and outside the pedagogical space, and the development of an effort of awareness and social action. In students’ observations critical and reflective thoughts related to women visibility in the society, as well as social prejudice and the need of a conscious action in the world were identified. Also, speeches that lead to the effects of coloniality in the students talks and in the classroom practices of the teacher, the author of this thesis were questioned.
Palavras-chave: Decolonialidade
Letramento
Autoetnografia
Língua inglesa – Ensino médio
(De)colonialities
Critical literacy
Autoetnography
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura
Citação: BEZERRA, Selma Silva. Um estudo autoetnográfico em aulas de língua inglesa no ensino médio: reflexões sobre (de)colonialidades, prática docente e letramento crítico. 2019. 194 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Faculdade de Letras, Programa de Pós Graduação em Lingüística e Literatura, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2019.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/6143
Data do documento: 9-abr-2019
Aparece nas coleções:Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FALE



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.