00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) FANUT - FACULDADE DE NUTRIÇÃO Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FANUT
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Tipo: Dissertação
Título: Saúde mental de mulheres segundo a condição de (in)segurança alimentar: estudo de base populacional no estado de Alagoas
Título(s) alternativo(s): Mental health according to the condition of food (in)security: a population-based study in women from the state of Alagoas, Brazil
Autor(es): Barbosa, Rosália de Lima
Primeiro Orientador: Ferreira, Haroldo da Silva
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Ferreira, Monica Lopes de Assunção
metadata.dc.contributor.referee1: Albuquerque, Maria Cícera dos Santos
metadata.dc.contributor.referee2: Clemente, Ana Paula Grotti
Resumo: A violação ao direito universal a uma alimentação adequada impõe às famílias dificuldades e/ou incertezas quanto ao acesso regular e permanente a uma alimentação saudável, estabelecendo-se uma situação de Insegurança Alimentar e Nutricional. Essa condição é fortemente associada com a pobreza e iniquidades sociais, sendo plausível supor que represente um fator de risco para o desencadeamento de Transtornos Mentais Comuns (TMC), sobretudo em mulheres, devido à sua posição central no provimento da alimentação da família. O presente estudo teve como objetivo investigar a associação entre a Insegurança Alimentar e os Transtornos Mentais Comuns. Trata-se de um estudo transversal com amostra probabilística de 3.216 mulheres, representativa das mulheres de 20 a 49 anos de idade do estado de Alagoas. A variável independente foi a Insegurança Alimentar, identificada com base na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. A variável dependente (Transtornos Mentais Comuns) foi definida com base no instrumento Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). As covariáveis analisadas para controle de fatores de confundimento foram as socioeconômicas (escolaridade, zona de domicílio, tipo de ocupação, material e quantidade de cômodos, classe econômica, ser usuária do programa bolsa família, renda familiar, ser chefe da família, está no mercado de trabalho, chefe de família sem renda e tipo de serviço de saúde que utiliza), demográficas (idade e número de filhos), ambientais (tratamento da água consumida) e de saúde (histórico de aborto, índice de massa corporal e tabagismo). Utilizou-se como medida de associação a razão de prevalência e respectivo intervalo de confiança de 95% (IC95%), calculados por regressão de Poisson com ajuste robusto da variância. Na análise bruta, as variáveis que apresentaram associação com significância de até 20% de significância (p<0,2) foram submetidas à análise multivaríavel. Após exclusão paulatina das variáveis não significantes (método backward stepwise), só permaneceram no modelo final aquelas com p<0,05. A prevalência de TMC foi de 47,9%, enquanto que 57,8% das famílias apresentaram algum grau de insegurança alimentar. Após o ajuste de fatores de confundimento, as covariáveis que permaneceram independentemente associadas a TMC foram: estar em insegurança alimentar, residir em zona urbana, ter menos de sete anos de escolaridade, ter idade superior a 35 anos, viver em domicílio de taipa, fazer uso de serviço público de saúde, ter sofrido episódio de aborto e/ou ter vivenciado falecimento de algum filho e fazer uso de tabaco. A associação entre TMC e insegurança alimentar foi do tipo dose-resposta: considerando as situações de segurança e insegurança alimentar leve, moderada e grave, as prevalências de TMC foram, respectivamente, 29,8%, 49,7%, 73,8% e 82,5%. Espera-se que os resultados encontrados nesse estudo proporcionem meios para o fortalecimento das políticas públicas visando uma maior equidade social, além de apoio nutricional e psicológico a essas mulheres, para que, assim, haja o pleno desenvolvimento de seus potenciais humanos.
Abstract: The violation of the universal right to adequate food impfoses on families difficulties and/or uncertainties regarding regular and permanent access to a healthy diet, resulting in a situation of Food and Nutritional Insecurity. This condition is strongly associated with poverty and social inequities, and it is plausible to suppose that it represents a risk factor for the development of Common Mental Disorders (CMD), especially in women, due to its central position in providing the family with food. The present study aimed to investigate the association between Food Insecurity and Common Mental Disorders. This is a cross-sectional study with a probabilistic sample of 3,216 women, representative of women aged 20 to 49 years in the state of Alagoas. The independent variable was Food Insecurity, identified based on the Brazilian Scale of Food Insecurity. The dependent variable (Common Mental Disorders) was defined based on the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). The covariates analyzed to control confounding factors were socioeconomic variables (schooling, household area, type of occupation, material and number of rooms, economy class, family program, family income, head of household, market (age and number of children), environmental (treatment of water consumed), and health (history of abortion, body mass index and smoking). The prevalence ratio and its 95% confidence interval (95% CI), calculated by Poisson regression with robust variance adjustment, were used as a measure of association. In the crude analysis, the variables that showed an association with significance of up to 20% of significance (p <0.2) were submitted to multivariable analysis. After a gradual exclusion of non-significant variables (backward stepwise method), only those with p <0.05 remained in the final model. The prevalence of CMD was 47.9%, while 57.8% of the families presented some degree of food insecurity. After adjusting for confounding factors, the covariates that remained independently associated with CMD were: being food insecure, living in an urban area, having less than seven years of schooling, being over 35 years of age, living in a taipa household, doing Use of public health services, having had an abortion episode and/or experiencing the death of a child and making use of tobacco. The association between CMD and food insecurity was of the dose-response type: considering mild and moderate and severe food safety and insecurity, the prevalence of CMD was, respectively, 29.8%, 49.7%, 73.8% and 82.5%. It is hoped that the results found in this study will provide a means for strengthening public policies aimed at greater social equity, as well as nutritional and psychological support to these women, so that their human potential can be fully developed.
Palavras-chave: Transtornos Mentais
Saúde Mental
Estado Nutricional
Epidemiologia
Mental disorders
Mental health
Nutritional status
Epidemiology
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Nutrição
Citação: BARBOSA, Rosália de Lima. Saúde mental de mulheres segundo a condição de (in)segurança alimentar: estudo de base populacional no estado de Alagoas. 2017. 76 f. Dissertação (Mestrado em Nutrição) – Faculdade de Nutrição, Programa de Pós Graduação em Nutrição, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2018.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/3799
Data do documento: 30-mai-2018
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