00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) FSSO - FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FSSO
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/8465
Tipo: Tese
Título: Desemprego em Marx e seu redimensionamento na fragmentação do trabalho no século XXI
Título(s) alternativo(s): Unemployment in Marx and its sizing in the fragmentation of labor in the 21st century
Autor(es): Félix, Tatiana Lyra Lima
Primeiro Orientador: Holanda, Maria Norma Alcântara Brandão de
metadata.dc.contributor.referee1: Aranha, Maria Lúcia Machado
metadata.dc.contributor.referee2: Maceno, Talvanes Eugênio
metadata.dc.contributor.referee3: Santos Neto, Artur Bispo dos
metadata.dc.contributor.referee4: Gianna, Sérgio Daniel
Resumo: Este estudo tem como objetivo apresentar o desemprego em Marx no âmbito da frag-mentação do trabalho na atualidade. Para tanto, analisa os fundamentos ontológicos do trabalho e da divisão do trabalho, situando o trabalho como uma atividade que jamais desaparecerá, uma categoria universal, mesmo com todo o desenvolvimento tecnológico que se vivencia na atualidade. Pontua o aspecto ontológico do trabalho com a história, ao situar o trabalho desde os primórdios até as sociedades de classe, mostrando que, sem deixar de exercer centralidade na reprodução social, o trabalho metamorfoseia-se em trabalho abstrato, em trabalho alienado. Esclarece a diferença entre a divisão do trabalho natural-espontânea, que evolui naturalmente das diferen-ças de sexo e de idade, ou seja, aquela divisão do trabalho em que o processo de trabalho era realizado pela tribo ou família, à divisão do trabalho nas sociedades de classes e, em particular, no capitalismo. Situa a especificidade do trabalho na produ-ção capitalista, onde o trabalho abstrato se distingue das bases do trabalho no sentido ontológico. Desmistifica a ideia de que há uma identidade entre trabalho e emprego, desvelando a estrutura das profissões no interior do trabalho produtivo e improdutivo de mais-valia. Salienta a produção capitalista, ao situar historicamente a acumulação primitiva do capital no âmbito da cooperação manufatureira, da maquinaria à grande indústria. A partir da lei geral da acumulação capitalista de Marx, evidencia as mudan-ças na produção e seus efeitos sobre o trabalho. Apresenta a formação de um exército industrial de reserva e de uma superpopulação relativa no cenário histórico da Revo-lução Industrial inglesa do século XIX. Expõe as bases objetivas que fundam o de-semprego na sociedade capitalista. Ressalta a dimensão do desemprego no processo de gerenciamento na produção capitalista a partir do século XX. Torna evidente que a acumulação flexível intensifica as contradições na esfera do trabalho, elevando o de-semprego a uma dimensão mundial. Elucida a dimensão crônica do desemprego a partir dos anos 1970, num momento em que o capitalismo atinge uma crise de pro-porção estrutural que afeta o mundo, agravando as contradições nos limites absolutos do capital. Considera a política neoimperialista e neoliberal como uma estratégia po-lítico-econômica para adensar a acumulação do capital financeiro transnacional por meio da privatização, do acirramento da flexibilização e da precarização do trabalho, com a ampliação do desemprego e do subemprego. Aborda o trabalho no século XXI e as consequências, tendências e perspectivas do desemprego em face do avanço da tecnologia. Por fim, traz Marx de volta para afirmar que é possível apreender o desemprego à luz de seus ensinamentos, demonstrando sua atualidade e a alternativa de superação do desemprego para além dos limites absolutos do capital.
Abstract: This study aims to present unemployment in Marx, in the scope of the current frag-mentation of work. Therefore, it analyzes the ontological foundations of work and the division of labor, situating work as an activity that will never disappear, a universal category, even with all the technological development that is currently experienced. It points out the ontological aspect of work with history, placing work from its beginnings to class societies, showing that, without ceasing to exercise centrality in social repro-duction, work is metamorphosing into abstract work, into alienated work.This clarifies the difference between the natural-spontaneous division of labor, which evolves natu-rally from differences in sex and age, that is, that division of labor in which the work process was carried out by the tribe or family, to the division of labor in societies of classes and, in particular, in capitalism. It situates the specificity of work in capitalist production, where abstract work is distinguished from the bases of work in the onto-logical sense. Thus, it demystifies the idea that there is an identity between work and employment, showing the structure of professions within productive and unproductive work of added value. It emphasizes capitalist production, by historically placing the primitive accumulation of capital within the scope of manufacturing cooperation, ma-chinery to large industry. Based on Marx's general law of capitalist accumulation, it highlights changes in production and their effects on work. It presents the formation of an industrial reserve army and relative overpopulation in the historical setting of the 19th century English Industrial Revolution. Thus, it exposes the objective bases that found unemployment in capitalist society. It emphasizes the dimension of unemploy-ment in the management process in capitalist production from the 20th century on-wards. It makes it clear that flexible accumulation intensifies the contradictions in the labor sphere, raising unemployment to a global dimension. It elucidates the chronic dimension of unemployment from the 1970s onwards, at a time when capitalism reached a crisis of structural proportions that affected the world, aggravating the con-tradictions in the absolute limits of capital. It considers the neo-imperialist and neolib-eral policy as a political-economic strategy to intensify the accumulation of transna-tional financial capital through privatization, increased flexibility and job insecurity, un-employment and underemployment. It exposes work in the 21st century and the con-sequences, trends and perspectives of unemployment in the face of the advance of technology. Finally, it brings Marx back to affirm that it is possible to apprehend unem-ployment in the light of his teachings, demonstrating its relevance and the alternative of overcoming unemployment beyond the absolute limits of capital.
RESUMEM_____Este estudio tiene como objetivo presentar el desempleo en Marx, en el ámbito de la actual fragmentación del trabajo. Por tanto, analiza los fundamentos ontológicos del trabajo y la división del trabajo, situando el trabajo como una actividad que nunca desaparecerá, una categoría universal, incluso con todo el desarrollo tecnológico que se vive actualmente. Señala el aspecto ontológico del trabajo con la historia, ubicando el trabajo desde sus inicios en sociedades de clases, mostrando que, sin dejar de ejercer la centralidad en la reproducción social, el trabajo se metamorfosea en trabajo abstracto, en trabajo alienado. Así aclara la diferencia entre la división natural-espontánea del trabajo, que evoluciona naturalmente de las diferencias de sexo y edad, es decir, esa división del trabajo en la que el proceso de trabajo lo realiza la tribu o la familia, a la división del trabajo en sociedades de clases y, en particular, en el capitalismo. Sitúa la especificidad del trabajo en la producción capitalista, donde el trabajo abstracto se distingue de las bases del trabajo en el sentido ontológico. Así, desmitifica la idea de que existe una identidad entre trabajo y empleo, mostrando la estructura de las profesiones dentro del trabajo productivo e improductivo de valor agregado. Enfatiza la producción capitalista, al colocar históricamente la acumulación primitiva de capital dentro del ámbito de la cooperación manufacturera, la maquinaria para la gran industria. Basado en la ley general de acumulación capitalista de Marx, destaca los cambios en la producción y sus efectos en el trabajo. Presenta la formación de un ejército industrial de reserva y una relativa superpoblación en el marco histórico de la Revolución Industrial Inglesa del siglo XIX. Así, expone las bases objetivas que encontraron el desempleo en la sociedad capitalista. Destaca la dimensión del desempleo en el proceso de gestión de la producción capitalista a partir del siglo XX. Deja claro que la acumulación flexible intensifica las contradicciones en el ámbito laboral, elevando el desempleo a una dimensión global. Dilucida la dimensión crónica del desempleo a partir de la década de 1970, en un momento en que el capitalismo alcanzó una crisis de proporciones estructurales que afectó al mundo, agravando las contradicciones en los límites absolutos del capital. Considera la política neoimperialista y neoliberal como una estrategia político-económica para espesar la acumulación de capital financiero transnacional a través de la privatización, intensificando la flexibilización y el trabajo precario, el desempleo y el subempleo. Expone el trabajo en el siglo XXI y las consecuencias, tendencias y perspectivas del desempleo ante el avance de la tecnología. Finalmente, vuelve a traer a Marx para afirmar que es posible aprehender el desempleo a la luz de sus enseñanzas, demostrando su relevancia y la alternativa de superar el desempleo más allá de los límites absolutos del capital.
Palavras-chave: Trabalho
Processo de trabalho e de valorização
Trabalho abstrato
Revolução industrial e tecnológica
Desemprego
Job
Work and Valorization Process
Abstract work
Industrial and Technological Revolution
Unemployment
Trabajo
Proceso de Trabajo y Valorización
Trabajo abstracto
Revolución industrial y tecnológica
Desempleo
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Citação: FÉLIX, Tatiana Lyra Lima. Desemprego em Marx e seu redimensionamento na fragmentação do trabalho no século XXI. 2022. 225 f. Tese (Doutorado em Serviço Social) - Faculdade de Serviço Social, Programa de Pós Graduação em Serviço Social, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2021.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/8465
Data do documento: 21-dez-2021
Aparece nas coleções:Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FSSO

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Desemprego em Marx e seu redimensionamento na fragmentação do trabalho no século XXI.pdf1.85 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.