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http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/14553
Tipo: | Dissertação |
Título: | Influência de fatores relacionados aos hábitos de vida na ocorrência da dor em mulheres com endometriose: uma contribuição da enfermagem |
Título(s) alternativo(s): | Influence of factors related to life habits on the occurrence of pain in women with endometriosis: a nursing contribution |
Autor(es): | Oliveira, Hillary Gabriela dos Santos |
Primeiro Orientador: | Santos, Amuzza Aylla Pereira dos |
metadata.dc.contributor.advisor-co1: | Farias, Karol Fireman de |
metadata.dc.contributor.referee1: | Zveiter, Marcele |
metadata.dc.contributor.referee2: | Comassetto, Isabel |
Resumo: | Introdução: A endometriose é uma patologia inflamatória crônica, progressiva e recidivante, com a presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina, afetando cerca de 2 a 17% das mulheres em idade reprodutiva, sendo a dor uma das suas principais características. Objetivo: Analisar a influência de fatores relacionados aos hábitos de vida na ocorrência de dor em mulheres com diagnóstico de endometriose. Método: Estudo do tipo descritivo do tipo Survey, transversal com abordagem quantitativa, realizado em dois centros de referência em endometriose em um estado do nordeste brasileiro. A coleta foi realizada entre fevereiro e agosto de 2023, por meio de aplicação de questionários validados como Sociodemográfico (IBGE), Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS) e Escala Analógica Visual de Dor (EVA). Após a coleta, os dados foram organizados, validados e analisados pelo pacote estatístico R, Versão 3.6. A pesquisa foi aprovada, com o número CAAE 59092722.6.0000.5013. Resultados: As respostas aos 107 questionários aplicados mostraram que maiores níveis de dor estavam relacionados com mulheres acima de 35 anos, casadas, pardas, com ensino médio completo e com renda de um a três salários-mínimos, que nunca engravidaram, tiveram menarca precoce. Além disso, foi possível observar que os maiores níveis de dor estavam relacionados com mulheres portadoras de endometriose que possuíam escolaridade de pós-graduação com prevalência de 18 vezes (RP = 1,18; p<0,001), que se autodeclararam de raça diferente da branca em 12 vezes (RP = 1,12; p<0,005), e que tiveram menarca após os 11 anos de idade em 56 vezes (RP = 1,56; p<0,001). Quanto aos hábitos de vida, sabendo-se que a alimentação possui grande influência em sintomas álgicos em mulheres com endometriose, a não suplementação de vitamina D há uma prevalência de 59 vezes (RP = 1,59; p<0,05), assim como a suplementação de ferro com prevalência de 57 vezes (RP = 1,57; p<0,05) maiores níveis de dor. Ademais, na ausência de prática de atividade física há um acréscimo da ordem de 190 vezes (RP = 2,9; p<0,001) na possibilidade de sentirem maiores níveis de dor, assim como a frequência de realização todos os dias aumenta 20 vezes (RP = 1,20; p<0,05) e o tempo de realização aumenta 30 vezes (RP = 1,30; p<0,001) a intensidade da dor. Com relação ao sono, mulheres com distúrbio do sono apresentam probabilidade 190 vezes (RP = 2,9; p<0,001) maior de sentirem mais dor. Por fim, a ansiedade extrema incrementa em 29 vezes (RP = 1,29; p<0,05) a probabilidade de se sentir maiores níveis de dor. Para as demais variáveis analisadas deste grupo, não foram encontradas razões de prevalência significativas (p<0,05) em relação às categorias de referência definidas a priori. Conclusão: Evidenciou-se que a escolaridade de pós-graduação, raça não branca, menarca após os 11 anos e alguns hábitos de vida como a não suplementação de vitamina E e ferro, ausência de atividade física, frequência de realização todos os dias com tempo maior que 180 minutos, qualidade de sono pobre e ansiedade extrema estão fortemente associados à dor em mulheres com endometriose, com isso, se mostra a importância no gerenciamento dos hábitos de vida como alternativa para tratamento da endometriose e controle da dor. |
Abstract: | Introduction: Endometriosis is a chronic, progressive and relapsing inflammatory pathology, with the presence of endometrial tissue outside the uterine cavity, affecting approximately 2 to 17% of women of reproductive age, with pain being one of its main characteristics. Objective: To analyze the influence of factors related to lifestyle habits on the occurrence of pain in women diagnosed with endometriosis. Method: Descriptive survey-type study, cross-sectional with a quantitative approach, carried out in two reference centers for endometriosis in a state in northeastern Brazil. Collection was carried out between February and August 2023, through the application of validated questionnaires such as Sociodemographic (IBGE), Pittsburgh Sleep Quality Index, Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS) and Visual Analogue Pain Scale (VAS). After collection, the data were organized, validated and analyzed using the statistical package R, Version 3.6. The research was approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of Alagoas. Results: 107 questionnaires were applied, where the highest levels of pain were related to women over 35 years old, married, mixed race, with complete medical education and with an income of one to three minimum wages, who had never been pregnant, had early menarche. Furthermore, it was possible to observe that the highest levels of pain were related to women with endometriosis who had postgraduate education with a prevalence of 18 times (RP = 1.18; p<0.001), declared themselves to be of a race other than white in 12 times (RP = 1.12; p<0,005), and they had menarche after 11 years of age 56 times (RP = 1.56; p<0,001). Regarding lifestyle habits, knowing that diet has a great influence on pain symptoms in women with endometriosis, there is a 59-fold prevalence of not taking vitamin D supplements (RP = 1.59; p<0.05), thus such as iron supplementation with a prevalence of 57 times (RP = 1.57; p<0.05) higher pain levels. Furthermore, the absence of physical activity is 190 times more likely (RP = 2.9; p<0.001) to experience higher levels of pain, just as the frequency of doing it every day increases 20 times (RP = 1.2; p<0.05) and the time of completion increases the pain intensity by 30 times (RP = 1.30; p<0.001). Regarding sleep, poor quality sleep is 190 times (RP = 2.9; p<0.001) more likely to experience higher levels of pain. Finally, extreme anxiety is 29 times more likely (RP = 1.29; p<0.05) to experience higher levels of pain. For the other variables analyzed in this group, no significant prevalence ratios (p<0.05) were found in relation to the reference categories defined a priori. Conclusion: It was evidenced that postgraduate education, non-white race, menarche after the age of 11 and some lifestyle habits such as not taking vitamin E and iron, lack of physical activity, frequency of doing it every day for longer than 180 minutes, poor sleep quality and extreme anxiety are strongly associated with pain in women with endometriosis, thus showing the importance of managing lifestyle habits as an alternative for treating endometriosis and controlling pain. |
Palavras-chave: | Endometriose Saúde da mulher Dor Cuidados de enfermagem Endometriosis Women's health Pain Nursing |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Alagoas |
Sigla da Instituição: | UFAL |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Citação: | OLIVEIRA, Hillary Gabriela dos Santos. Influência de fatores relacionados aos hábitos de vida na ocorrência da dor em mulheres com endometriose: uma contribuição da enfermagem. 2024. 77 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2024. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/14553 |
Data do documento: | 19-fev-2024 |
Aparece nas coleções: | Dissertações e Teses defendidas na UFAL - EENF |
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