Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/13501
Tipo: | Tese |
Título: | Práticas decoloniais na formação inicial de professores de inglês: reflexões autoetnográficas de uma professora-formadora |
Título(s) alternativo(s): | Decolonial practices in initial English teacher training: autoethnographic reflections of a teacher trainer |
Autor(es): | Magalhães, Joyce Rodrigues da Silva |
Primeiro Orientador: | Ifa, Sérgio |
metadata.dc.contributor.referee1: | Ono, Fabricio Tetsuya Parreira |
metadata.dc.contributor.referee2: | Santos, Kelly Barros |
metadata.dc.contributor.referee3: | Moreira Júnior, Rusanil dos Santos |
metadata.dc.contributor.referee4: | Stella, Paulo Rogério |
metadata.dc.contributor.referee5: | Meniconi, Flávia Colen |
Resumo: | Devido ao histórico de ocidentalização, o cânone dos saberes ensinados/aprendidos nas universidades brasileiras é, fundamentalmente, baseado nas teorias produzidas por países do norte global. O currículo das academias brasileiras está profundamente enraizado no colonialismo e silencia o debate sobre raça, gênero e classe social no campo educacional. Na contramão desse projeto colonial, a pedagogia decolonial busca resistir de forma política, prática, teórica, sistêmica e cultural, romper com os paradigmas dominantes e propor formas de pensar a partir das posições epistêmicas subalternas. Essa compreensão é de fundamental importância na formação de professores para o desenvolvimento de práticas decoloniais em sala de aula e fora dela. Nesse sentido, essa pesquisa de doutorado tem o objetivo de refletir sobre o processo de desenvolvimento de práticas decoloniais na formação de professores de inglês da UNEAL, campi I e III. Para isso, adoto uma pesquisa autoetnográfica/emocionada, como opção decolonial, que busca compreender o contexto de formação de professores a partir das minhas experiências pessoais/profissionais como professora/formadora e das gentes da pesquisa. A autoetnografia é um instrumento de força política capaz de contrapor as tendências acadêmicas dominantes, na medida em que busca compreender melhor as relações interpessoais, possibilita um repensar das práticas sociais e incentiva a responsabilidade pessoal/profissional e agência por meio da conscientização e mudança social/cultural. Essa pesquisa está ancorada nos pressupostos da Linguística Aplicada crítica, transgressiva, problematizadora e militante. Esses pressupostos se preocupam com as desigualdades sociais, as reflexões críticas sobre nós e o mundo e as possibilidades de transformá-lo; opõem-se, resistem e cruzam os limites opressores das dominações sociais; questionam as premissas que orientam o nosso modo de viver; e propõem questões práticas, por meio das (língua) gens, que viabilizem a execução dos ideais em prol das igualdades sociais e de uma educação humanizadora. A pesquisa foi realizada nos cursos de Letras/Inglês da UNEAL, Campi I e III, durante o ano de 2022 e contou com a participação de 30 alunos das disciplinas de Linguística Aplicada (Campus III, 2022.1), Expressão Oral e Língua Inglesa (Campus I, 2020.2). A pesquisa permitiu uma reflexão crítica sobre a formação de professores de inglês da UNEAL, destacando traços coloniais e proporcionando uma (re) significação da minha prática docente por meio de uma perspectiva decolonial. A pesquisa também incentivou uma postura crítica entre os futuros professores, promovendo a conscientização sobre temas sociais relevantes e estimulando sentimentos de empatia e autonomia. Além disso, a pesquisa favoreceu uma mudança de atitude em relação à luta por justiça social. O estudo demonstrou que é possível fazer ciência na academia valorizando saberes diversos, respeitando a diversidade cultural e acolhendo as emoções e afetos da comunidade acadêmica. |
Abstract: | Due to the history of westernization, the canon of knowledge taught/learned in Brazilian universities is fundamentally based on theories produced by countries of the global north. The curriculum of Brazilian academies is deeply rooted in colonialism and silences the debate about race, gender, and social class in the educational field. Against this colonial project, decolonial pedagogy seeks to resist in a political, practical, theoretical and systemic way, to break with dominant paradigms and propose ways of thinking from subaltern epistemic positions. This understanding is of fundamental importance in the teacher education for the
development of decolonial practices in and out of the classroom. In this sense, this doctoral research aims to reflect on the process of developing decolonial practices in the teacher education of English at UNEAL, campuses I and III. I adopt an autoethnographic/emotional research, as a decolonial option, which seeks to understand the context of teacher education from my personal/professional experiences as a teacher/trainer and the people of the research. Autoethnography is an instrument of political strength capable of opposing dominant academic tendencies, as it seeks to better understand interpersonal relationships, enables a
rethinking of social practices, and encourages personal/professional responsibility and agency through awareness and social/cultural change. This research is anchored in the assumptions of critical, transgressive, problematizing, and militant Applied Linguistics. These assumptions are concerned with social inequalities, critical reflections on ourselves and the world, and the possibilities of transforming it; they oppose, resist, and cross the oppressive boundaries of social dominations; they question the premises that guide our way of living; and they propose practical questions, through languages, that enable the execution of ideals in favor of social equality and a humanizing education. The research was carried out in the courses of English Language at UNEAL, Campuses I and III, during the year 2022, with the participation of 30 students from the subjects of Applied Linguistics (Campus III, 2022.1), Oral Expression and English Language (Campus I, 2020.2). The research allowed a critical reflection on the education of English teachers at UNEAL, highlighting colonial traits and providing a (re)signification of my teaching practice through a decolonial perspective. The research also encouraged a critical stance among future teachers, promoting awareness of relevant social issues and stimulating feelings of empathy and autonomy. In addition, it favored a change of attitude towards the fight for social justice. The study demonstrated that it is possible to do science in academia valuing diverse knowledge, respecting cultural diversity and welcoming the emotions and affections of the academic community. RESUMEN- Debido a la historia de occidentalización, el canon de conocimientos enseñados/aprendidos en las universidades brasileñas se basa fundamentalmente en las teorías producidas por los países del norte global. El currículo de las academias brasileñas está profundamente arraigado en el colonialismo y silencia el debate sobre raza, género y clase social en el campo educativo. En contra de este proyecto colonial, la pedagogía decolonial busca resistir de manera política, práctica, teórica, sistémica y cultural, romper con los paradigmas dominantes y proponer formas de pensar desde las posiciones epistémicas subalternas. Esta comprensión es de fundamental importancia en la formación de profesores para el desarrollo de prácticas decoloniales dentro y fuera del aula. En este sentido, esta investigación doctoral tiene como objetivo reflexionar sobre el proceso de desarrollo de prácticas decoloniales en la formación de profesores de inglés en UNEAL, campus I y III. Para ello, adopto una investigación autoetnográfica/emocionada, como opción decolonial, que busca comprender el contexto de formación de profesores a partir de mis experiencias personales/profesionales como profesora/formadora y las personas de la investigación. La autoetnografía es un instrumento de fuerza política capaz de oponerse a las tendencias académicas dominantes, ya que busca comprender mejor las relaciones interpersonales, permite repensar las prácticas sociales e incentiva la responsabilidad personal/profesional y la agencia a través de la concienciación y el cambio social/cultural. Esta investigación está anclada en los supuestos de la Lingüística Aplicada crítica, transgresora, problematizadora y militante. Estos supuestos se preocupan por las desigualdades sociales, las reflexiones críticas sobre nosotros y el mundo y las posibilidades de transformarlo; se oponen, resisten y cruzan los límites opresores de las dominaciones sociales; cuestionan los supuestos que guían nuestro modo de vivir; y proponen cuestiones prácticas, a través de las lenguas, que hacen posible la ejecución de ideales en favor de la igualdad social y una educación humanizadora. La investigación se realizó en los cursos de Letras/Inglés de la UNEAL, Campus I y III, durante el año 2022, contando con la participación de 30 estudiantes de las disciplinas de Lingüística Aplicada (Campus III, 2022.1), Expresión Oral e Lengua Inglesa (Campus I, 2020.2). La investigación permitió una reflexión crítica sobre la formación de profesores de inglés en UNEAL, destacando rasgos coloniales y proporcionando una (re)significación de mi práctica docente a través de una perspectiva decolonial. La investigación también fomentó una postura crítica entre los futuros profesores, promoviendo la concienciación sobre temas sociales relevantes y estimulando sentimientos de empatía y autonomía. Además, favoreció un cambio de actitud hacia la lucha por la justicia social. El estudio demostró que es posible hacer ciencia en la academia valorando diversos conocimientos, respetando la diversidad cultural y acogiendo las emociones y afectos de la comunidad académica. |
Palavras-chave: | Práticas decoloniais Professores de inglês – Formação Autoetnografia Linguística aplicada Decolonial practices English teachers – Training Autoethnography Applied linguistics Prácticas decoloniales Profesores de inglés– Formación Autoetnografía Lingüística aplicada |
CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Alagoas |
Sigla da Instituição: | UFAL |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura |
Citação: | MAGALHÃES, Joyce Rodrigues da Silva. Práticas decoloniais na formação inicial de professores de inglês: reflexões autoetnográficas de uma professora-formadora. 2024. 267 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal de Alagoas. Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura. Maceió, 2023. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/13501 |
Data do documento: | 6-dez-2023 |
Aparece nas coleções: | Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FALE |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Práticas decoloniais na formação inicial de professores de inglês reflexões autoetnográficas de uma professora-formadora_.pdf | 5.85 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.