Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/11206
Tipo: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Título: | O íntimo e o privado para além do ordenamento jurídico |
Autor(es): | Sá Neto, Edson Canuto de |
Primeiro Orientador: | Andrade, Cleyton Sidney de |
metadata.dc.contributor.referee1: | Barbosa Neto, Esperidião |
Resumo: | Este trabalho de conclusão de curso busca investigar e analisar os conceitos de intimidade/íntimo e privacidade/privado/vida privada. Tais conceitos são reconhecidos como direitos inerentes aos seres humanos desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A necessidade de isolamento social devido à crise sanitária causada pela COVID-19 no ano de 2020 possibilitou pensar sobre esses conceitos tendo em vista que é estando no seu próprio lar que os indivíduos, na contemporaneidade, se veem diante daquilo que podem chamar de seu: sua vida privada e sua vida íntima. A partir dos trabalhos utilizados foi possível delimitar três momentos importantes para esses conceitos. O primeiro situa-se na Antiguidade grega, que se organizava em torno da divisão entre esfera privada e esfera pública, com clara delimitação. O segundo começa na Antiguidade tardia e vai até o fim da Idade Média. Nesse momento, a antiga delimitação entre as esferas pública e privada começa se tornar menos clara, devido à fusão entre o poder público e o poder privado, que passaram a ser regidos pela Igreja. Por fim, o terceiro momento começa na modernidade e vai até os dias de hoje. É somente aí que é possível falar de surgimento da intimidade como uma forma de relação com outros indivíduos e consigo mesmo de forma autônoma a fim de fugir da opressão da padronização moralista. Mas a intimidade e a vida privada começam a ter reconhecimento jurídico apenas no século XIX. E uma noção que respalda o conceito de intimidade/íntimo é a de autonomia/eu autônomo, entendida como a capacidade de autorreflexão e autodeterminação dos indivíduos deliberar, escolher e agir. Porém, sendo o eu uma entidade sem uma delimitação estável, falar de um eu autônomo pode se tornar um problema, uma vez que tais características desconsideram as perturbações que incidem sobre o eu. Desta forma, considera-se que a intimidade, o íntimo, é marcada por algo que não depende propriamente de um si-mesmo, ou de um eu, seja este “autônomo” ou não. |
Abstract: | This final paper seeks to investigate and analyze the concepts of intimacy and privacy/private/private life. Such concepts are recognized as inherent human rights since the Universal Declaration of Human Rights. The need for social isolation due to the health crisis caused by COVID-19 in 2020 made it possible to think about these concepts given that it is being in their own home that individuals, in contemporary times, see themselves in front of what they can call their own: your private life and your intimate life. From the works used it was possible to delimit three important moments for these concepts. The first is located in Greek antiquity, which was organized around the division between the private sphere and the public sphere, with clear delimitation. The second begins in late Antiquity and goes to the end of the Middle Ages. At that moment, the old delimitation between the public and private spheres begins to become less clear, due to the fusion between public and private power, which have come to be governed by the Church. Finally, the third moment begins in modernity and goes to the present day. It is only then that it is possible to speak of the emergence of intimacy as a form of relationship with other individuals and with oneself autonomously in order to escape the oppression of moralistic standardization. But intimacy and private life begin to have legal recognition only in the XIX century. And one notion that supports the concept of intimacy is that of autonomy/self autonomy, understood as the ability of individuals to deliberate, choose and act. However, being the self an entity without a stable delimitation, speaking of an autonomous self can become a problem, since such characteristics disregard the perturbations that affect the self. In this way, it is considered that intimacy, the intimate, is marked by something that does not properly depend on a self, whether it is “autonomous” or not. |
Palavras-chave: | Íntimo Private Vida privada Intimacy Privado Private life Privacidade - Brasil Direito à privacidade - Brasil |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Alagoas |
Sigla da Instituição: | UFAL |
metadata.dc.publisher.department: | Curso de Psicologia - Bacharelado |
Citação: | SÁ NETO, Edson Canuto de. O íntimo e o privado para além do ordenamento jurídico. 2023. 12 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Psicologia) - Instituto de Psicologia, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2022. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/11206 |
Data do documento: | 30-jul-2022 |
Aparece nas coleções: | Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) - Bacharelado - PSICOLOGIA - IP |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
O íntimo e o privado para além do ordenamento jurídico.pdf | 261.98 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.