00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) IP - INSTITUTO DE PSICOLOGIA Dissertações e Teses defendidas na UFAL - IP
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/10628
Tipo: Dissertação
Título: Historiografia das práticas de automutilação: produção de sentidos em narrativas de jovens no ensino superior
Autor(es): Almeida, Rodrigo da Silva
Primeiro Orientador: Silva, Nadja Maria Vieira da
metadata.dc.contributor.referee1: Bezerra, Henrique Jorge Simões
metadata.dc.contributor.referee2: Ribeiro, Maria Auxiliadora Teixeira
Resumo: Na atualidade, observa-se um aumento na incidência da automutilação nas escolas e na sociedade em geral, configurando um problema de saúde pública. Analisamos a literatura e observamos que a maior parte das pesquisas sobre este fenômeno possui um viés predominantemente biomédico, cujo foco está na dimensão intrapsicológica e que não há um consenso entre os estudiosos sobre como nomeá-lo. Avaliamos esse cenário e observamos que ele permeia uma tendência para estigmas, preconceitos, exclusão e medicalização das pessoas envolvidas com essas práticas. Destacamos a importância de uma discussão que também aborde os seus aspectos interpsicológicos. Observamos, também, a inexistência de estudos sistemáticos que discutam a historicidade dessas práticas. A possibilidade de abertura para a proposição e diversificação de modos de prevenção e enfrentamento deste fenômeno, levou-nos a apresentação da presente proposta de pesquisa, que teve como objetivo investigar implicações historiográficas na negociação de sentidos sobre automutilação nas narrativas de graduandos em Psicologia. A presente dissertação constitui-se de dois capítulos formatados como artigos científicos. No primeiro artigo discutimos, a partir de uma revisão da literatura, sobre uma breve historiografia das práticas de automutilação, na qual argumentamos que a automutilação não é uma prática apenas da atualidade, visto que se revela, com diversidade, ao longo da história da humanidade, relacionada com aspectos socioculturais subjacentes às experiências humanas no mundo. No segundo artigo descrevemos uma pesquisa-intervenção que realizamos com o objetivo de investigar implicações historiográficas na negociação de sentidos sobre automutilação nas narrativas de graduandos em Psicologia. A metodologia, foi um ciclo de sete oficinas, que consistiram em atividades para fomentar a escrita de narrativas pelos participantes. Todas as oficinas foram realizadas de forma remota, através da plataforma Google Meet, para preservar o isolamento social, prescrito por órgãos gestores da saúde pública, como medida para conter o avanço da COVID-19. Os resultados do ciclo de oficinas, indicaram que os participantes mudaram a forma como concebiam as práticas de automutilação, sinalizando-se o movimento da historicidade e suas implicações para convivência com pessoas que a praticam. A partir dos procedimentos metodológicos utilizados, concluímos que o foco na historicidade da automutilação revelou aspectos importantes à convivência com pessoas que praticam automutilação. Além disso, consideramos que nossa abordagem crítica, eminentemente comprometida com os aspectos culturais e ético-políticos do desenvolvimento humano é um fomento à necessária abertura à diversificação de condutas teórico-metodológicas para estudar o fenômeno das práticas de automutilação.
Abstract: Currently, there is an increase in the incidence of self-mutilation in schools and in society in general, configuring a public health problem. We analyzed the literature and observed that most research on this phenomenon has a predominantly biomedical bias, whose focus is on the intrapsychological dimension and that there is no consensus among scholars on how to name it. We evaluated this scenario and observed that it permeates a tendency towards stigma, prejudice, exclusion and medicalization of people involved in these practices. We emphasize the importance of a discussion that also addresses its interpsychological aspects. We also observe the lack of systematic studies that discuss the historicity of these practices. The possibility of opening up to the proposition and diversification of ways of preventing and coping with this phenomenon led us to present this research proposal, which aimed to investigate historiographical implications in the negotiation of meanings about self-mutilation in the narratives of undergraduates in Psychology. This dissertation consists of two chapters formatted as scientific articles. In the first article, we discuss, based on a literature review, a brief historiography of self-mutilation practices, in which we argue that self-mutilation is not just a current practice, as it reveals itself, with diversity, throughout human history, related to sociocultural aspects underlying human experiences in the world. In the second article, we describe an intervention research that we carried out with the aim of investigating historiographic implications in the negotiation of meanings about self-mutilation in the narratives of undergraduates in Psychology. The methodology was a cycle of seven workshops, which consisted of activities to encourage the writing of narratives by the participants. All workshops were held remotely, through the Google Meet platform, to preserve social isolation, rescribed by public health management bodies, as a measure to contain the advance of COVID-19. The results of the cycle of workshops indicated that the participants changed the way they conceived the practices of self-mutilation, signaling the movement of historicity and its implications for living with people who practice it. Based on the methodological procedures used, we concluded that the focus on the historicity of self-mutilation revealed important aspects of living with people who practice self-mutilation. Furthermore, we consider that our critical approach, eminently committed to the cultural and ethical-political aspects of human development, is an encouragement to the necessary opening to the diversification of theoretical methodological approaches to study the phenomenon of self-mutilation practices.
Palavras-chave: Automutilação
Historiografia
Narrativas pessoais como assunto
Produção de sentidos
Self-Mutilation Practices
Historiography
Narratives
Production of Meanings
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Citação: ALMEIDA, Rodrigo da Silva. Historiografia das práticas de automutilação: produção de sentidos em narrativas de jovens no ensino superior, 2023. 94 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Instituto de Psicologia, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2021.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/10628
Data do documento: 21-jul-2021
Aparece nas coleções:Dissertações e Teses defendidas na UFAL - IP



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.