00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) ICF - INSTITUTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Dissertações e Teses defendidas na UFAL - ICF
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/10623
Tipo: Dissertação
Título: Avaliação da atividade antiviral da própolis vermelha de Alagoas contra o vírus Chikungunya in vitro
Título(s) alternativo(s): Evaluation of the antiviral activity of red propolis from Alagoas against Chikungunya virus in vitro
Autor(es): Souza, Stephannie Janaina Maia de
Primeiro Orientador: Bassi, Ênio José
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Bassi, Letícia Anderson
metadata.dc.contributor.referee1: Nascimento, Ticiano Gomes do
metadata.dc.contributor.referee2: Silva Júnior, Edeildo Ferreira da
Resumo: O vírus Chikungunya (CHIKV) ocasiona a febre Chikungunya que pode progredir para a fase crônica caracterizada por uma artralgia persistente. Atualmente, não existem antivirais ou vacinas licenciadas contra esse vírus. A própolis vermelha de Alagoas (PVA) é uma resina natural que as abelhas produzem pela mistura de saliva e exsudato de plantas que apresentam atividades antimicrobianas. Portanto, nosso objetivo foi caracterizar quimicamente e avaliar a atividade antiviral da PVA e suas frações hexânica (FH) e acetato de etila (FAE) contra o CHIKV in vitro. Inicialmente, o CHIKV foi isolado do soro de pacientes infectados na fase aguda da doença, replicado em células Vero E6, sendo sua detecção confirmada por RT-PCR usando iniciadores para a região genômica da proteína E1 (882 pb). Por meio do sequenciamento de DNA e análise filogenética (software MEGA7), detectou-se o CHIKV como pertencente ao genótipo ECSA (do inglês “East/Central/South African”). A caracterização química da PVA foi realizada por Cromatografia Líquida de Ultra Performance (UPLC-DAD), detectando-se a presença dos marcadores liquiritigenina, pinobanksina, daidzeina, formononetina, biochanina A e isoliquiritigenina. A citotoxicidade da PVA em células Vero E6 pelo ensaio colorimétrico MTT mostrou uma CC50 para o extrato hidroalcoólico PVA (EH), FH e FAE de 200,1, 22,6 e > 40,0 μg/mL, respectivamente. Para os ensaios de atividade antiviral, a adsorção viral foi realizada por 2h em células Vero E6, seguida pelo tratamento com diferentes concentrações de soluções de PVA por 72h e posterior análise de viabilidade celular por MTT. Como resultado, uma atividade antiviral promissora foi detectada e as CI50 do EH, FH e FAE foram 22,80 μg/mL, 4,24 μg/mL e 5,34 μg/mL, respectivamente. Além disso, foram obtidos altos índices de seletividade (IS) para os compostos (HE = 8,7, HF = 5,3 e FAE > 7,5). Para confirmar a atividade antiviral, foi realizada a marcação intracelular do vírus 48h após o tratamento seguido da análise da percentagem de células positivas por citometria de fluxo. Todas as soluções de PVA testadas apresentaram efeito de redução maior que 50% na percentagem de células positivas infectadas. No ensaio de inativação viral, inicialmente suspensões do CHIKV foram incubadas diretamente com a PVA por 2h, seguido da diluição e infecção de células Vero E6 para posterior avaliação pelo ensaio de unidades formadoras de placa (PFU) onde uma redução significativa no número de PFUs foi detectada [4.867 PFU/mL (EH), 12.767 PFU/mL (FH) e 8.867 PFU/mL (FAE) vs. controle viral sem tratamento = 31.000 PFU/mL]. Para avaliar em quais estágios da infecção viral os compostos estariam agindo, as células foram tratadas com PVA ou suas frações por 2h antes da infecção pelo CHIKV, simultaneamente a infecção (0h), ou por diferentes tempos pós-infecção (2h, 4h e 6h). Como resultado, a atividade inibitória foi detectada 2h, 4h e 6h pós-infecção para EH e FH e 2h e 4h pós-infecção para FAE. Para analisar a atividade dos compostos detectados por UPLC-DAD frente às proteínas do envelope maduro do CHIKV, foi realizado um estudo in silico de Docking molecular; como resultado todos os compostos detectados apresentaram como alvo de suas atividades o complexo de glicoproteínas E3-E2-E1 do CHIKV. Assim, os dados obtidos no presente estudo demonstram a promissora atividade antiviral da PVA contra o CHIKV in vitro, contribuindo para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos para esta arbovirose.
Abstract: Chikungunya virus (CHIKV) causes Chikungunya fever disease that can progress to the chronic phase characterized by persistent arthralgia. There are currently no antivirals or licensed vaccines against this virus. Alagoas Red Propolis (ARP) is a natural resin that bees produce by mixing saliva and exudate from plants that have antimicrobial activities. Therefore, our objective was the chemical characterization and evaluate the antiviral activity of ARP and its hexanic (HF) and ethyl acetate fractions (EAF) against CHIKV in vitro. First, CHIKV was isolated from serum of infectedpatients in the acute viremia phase of the disease, replicated in Vero E6 cells and confirmed by RT-PCR using primers for the E1 protein genomic region (882 bp). DNA sequencing and phylogenetic analysis (MEGA7 software) confirmed East/ Central/ South African (ECSA) as the CHIKV genotype. The chemical characterization of ARP was performed by ultra performance liquid chromatography (UPLC-DAD) and the presence of the liquiritigenin, pinobanksin, daidzein, formononetin, biochanin A and isoliquiritigenin markers were detected. The ARP cytotoxicity in Vero E6 cells was evaluated by MTT colorimetric assay and CC50 values of 200.1 μg / mL, 22.6 μg / mL and > 40.0 μg / mL was obtained for the hydroalcoholic extract (HE), HF and EAF, respectively. For the antiviral activity assays, CHIKV adsorption was performed for 2h on Vero E6 cells, followed by treatment with different concentrations of ARP solutions for 72h and cell viability analysed by MTT assay. As result, a promising antiviral activity was detected and the IC50 values were 22.80 μg/mL, 4.24 μg/mL and 5.34 μg/mL forthe HE, HF and EAF, respectively. In addition, high selectivity indices (SI) were obtained for the compounds (HE = 8.7, HF = 5.3 and EAF > 7.5). In order to confirm the antiviral activity, virus intracellular labeling was performed and the percentage of positive cells was detected by flow cytometry 48h after infection. As result, all tested ARP solutions showed a reduction effect higher than 50% on the percentage of infected cells. In the inactivation assay, CHIKV suspensions were first incubated with ARP for 2h, diluted and incubated for 48h, followed by the detection of the plaqueforming units (PFU), and a reduction in the number of PFUs was detected [4,867 PFU / mL (HE), 12,767 PFU / mL (HF) and 8,867 PFU / mL (EAF) vs. 31,000 PFU / mL untreated viral control]. In addition, to assess which stages of viral infection the compounds are acting on, cells were treated with ARP and their fractions for 2 h before CHIKV infection, simultaneously with infection (0h), or for different times post-infection (2 h, 4 h and 6 h). The inhibitory activity was detected 2h, 4h and 6h after infection at HE and HF assays, and 2h and 4h after infection at EAF assay. To analyze the activity of the compounds detected by UPLC-DAD against CHIKV mature envelope proteins, an in silico study of molecular docking was carried out. All detected compounds showed to target the glycoproteins of E3-E2-E1 CHIKV complex. Thus, the data obtained in the present study demonstrate the promising antiviral activity of ARP against CHIKV in vitro, contributing to the development of new therapeutic agents for this arbovirus
Palavras-chave: Vírus Chikungunya
Própolis
Atividade antiviral
Chikungunya virus
Red propolis
Antiviral activity
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
Citação: SOUZA, Stephannie Janaina Maia de. Avaliação da atividade antiviral da própolis vermelha de Alagoas contra o vírus Chikungunya in vitro. 2023. 63 f. Dissertação (Mestrado em Farmácia) - Instituto de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2021.
Tipo de Acesso: Acesso Embargado
URI: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/10623
Data do documento: 9-abr-2021
Aparece nas coleções:Dissertações e Teses defendidas na UFAL - ICF

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Avaliação da atividade antiviral da própolis vermelha de Alagoas contra o vírus Chikungunya in vitro.pdf1.83 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.