00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) ICF - INSTITUTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) - GRADUAÇÃO - ICF Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) - Bacharelado - FARMÁCIA - ICF
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Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: Desenvolvimento de curativos dérmicos eletrofiados contendo resíduo de extrato da própolis vermelha de Alagoas
Autor(es): Nanes, Emanuelly Carolyne Marques de Farias
Primeiro Orientador: Costa, Ligia Maria Manzine
metadata.dc.contributor.referee1: Dornelas, Camila Braga
metadata.dc.contributor.referee2: Lopes, Adriana Carla de Oliveira
Resumo: A própolis vermelha de Alagoas (PrVA) é reconhecida como um produto exclusivo da biodiversidade brasileira. Diversas funções farmacológicas são atribuídas a este material, como ações anti-inflamatória e cicatrizante. Após o processo extrativo, cerca de 40% da própolis é descartada. O resíduo da própolis vermelha de Alagoas (RPrVA) é um material pouco explorado e com grandes possibilidades de ainda de conter substâncias ativas importantes. Desta forma, o objetivo deste trabalho é utilizar o RPrVA o desenvolvimento de membranas eletrofiadas para aplicação na regeneração de feridas. Para esse desenvolvimento, utilizou-se a técnica de eletrofiação. A Poli (ε-caprolactona) (PCL) foi utilizada para a processabilidade das membranas eletrofiadas, cujas concentrações de PCL e RPrVA foram 1%, 5%, 10%, 15% e 25%. O material utilizado para desenvolvimento das membranas, RPrVA, foi previamente caracterizado através de FTIR, TG e UV-vis, comprovando que o resíduo extrativo também possui características farmacológicas relevantes que poderiam ser utilizadas para cicatrização de ferimentos, como queimaduras. As membranas desenvolvidas foram avaliadas por MEV, porosidade e diâmetro médio de nanofibras. Os resultados indicaram que o RPrVA equivaleu-se em 39,5% (m/m) em relação a PrVA. As análises de FTIR e UV-is confirmaram a presença de componentes ativos com potencial farmacológico no RPrVA, como compostos flavonoides. A análise de TG revelou que o pico de degradação do RPrVA aconteceu a 389°C, em quanto que na PrVA aconteceu a 415°C, indicando que o resíduo é um material mais purificado e com a presença de mais materiais inorgânicos. As membranas eletrofiadas possuíram diâmetros de aproximadamente 620 nm, variando de 450nm a 750nm. Esse diâmetro variou pela concentração de RPrVA, indicando que ao passo em que a concentração de PCL foi substituída por RPrVA as nanofibras tornaram-se mais finas. A análise de porosidade revelou que não houve uma grande diferença de porosidade entre todas amostras, cujos valores estavam em torno de 82,429% no limiar 1, 50,643% no limiar 2 e 19,94% no limiar 3 para a amostra contendo 25% de RPrVA e foram medidos os diâmetros médios das nanofibras que compõem as membranas. Essa porosidade é extremamente importante para o ancoramento celular e remodelação do tecido lesionado, além de permitir a troca gasosa para com o meio extracorpóreo e a saída de fluidos corporais dos ferimentos. Como conclusão do estudo pode-se confirmar a presença de substancias ativas no RPrVA, que seria descartado, como compostos flavonoides que possuem atividade cicatrizante e antioxidante relatada em literatura. Houve diminuição da espessura das nanofibras ao passo em que houve maior incorporação de RPrVA e remoção do PCL nas soluções poliméricas. A alta porosidade das mantas, biodegradabilidade do polímero e a presença de substâncias ativas tornam as membranas fortes candidatas para aplicações dérmicas, como curativos de pele, para a regeneração de tecidos lesados.
Abstract: The red propolis of Alagoas (PrVA) is recognized as an exclusive product of Brazilian biodiversity. Several pharmacological functions are attributed to this material, such as anti-inflammatory and healing actions. After the extraction process, about 40% of the propolis is discarded. The residue of red propolis from Alagoas (RPrVA) is a little explored material and with great possibilities of still containing important active substances. Thus, the objective of this work is to use RPrVA in the development of electrotrophied membranes for application in wound regeneration. For this development, the electrospinning technique was used. Poly (ε-caprolactone) (PCL) was used for the processability of electrotrophied membranes, whose concentrations of PCL and RPrVA were 1%, 5%, 10%, 15% and 25%.The material used to develop the membranes, RPrVA, was previously characterized through FTIR, TG and UV-vis, proving that the extractive residue also has relevant pharmacological characteristics that could be used for wound healing, such as burns. The developed membranes were evaluated by SEM, porosity and mean diameter of nanofibers. The results indicated that the RPrVA was equivalent to 39.5% (m/m) in relation to PrVA. FTIR and UV-vis analyzes confirmed the presence of active components with pharmacological potential in RPrVA, such as flavonoid compounds. The TG analysis revealed that the RPrVA degradation peak happened at 389°C, while in PrVA it happened at 415°C, indicating that the residue is a more purified material and with the presence of more inorganic materials. The electrotrophied membranes had diameters of approximately 620 nm, ranging from 450nm to 750nm. This diameter varied by the RPrVA concentration, indicating that as the PCL concentration was replaced by RPrVA, the nanofibers became thinner. Porosity analysis revealed that there was no great difference in porosity between all samples, whose values were around 82.429% at threshold 1, 50.643% at threshold 2 and 19.94% at threshold 3 for the sample containing 25% RPrVA and the average diameters of the nanofibers that make up the membranes were measured. This porosity is extremely important for cell anchoring and remodeling of the injured tissue, in addition to allowing gas exchange with the extracorporeal environment and the exit of bodily fluids from wounds. As a conclusion of the study, the presence of active substances in RPrVA can be confirmed, which would be discarded, such as flavonoid compounds that have healing and antioxidant activity reported in the literature. There was a decrease in the thickness of nanofibers while there was greater incorporation of RPrVA and removal of PCL in polymer solutions. The high porosity of the mats, biodegradability of the polymer and the presence of active substances make the membranes strong candidates for dermal applications, such as skin dressings, for the regeneration of damaged tissues.
Palavras-chave: Bandagens
Eletrofiação
Própole - Resíduos
Dermal dressings
Electrospinning
Residue
Red propolis from Alagoas
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.department: Curso de Fármacia
Citação: NANES, Emanuelly Carolyne Marques de Farias. Desenvolvimento de curativos dérmicos eletrofiados contendo resíduo de extrato da própolis vermelha de Alagoas. 2023. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia) - Instituto de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2021.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/10415
Data do documento: 2-ago-2021
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