00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) EENF - ESCOLA DE ENFERMAGEM Dissertações e Teses defendidas na UFAL - EENF
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/riufal/7325
Tipo: Dissertação
Título: Evento adverso, dor e imunogenicidade na administração de vacina por via intramuscular no ventro-glúteo sem aspiração antes da injeção: um ensaio clínico randomizado
Título(s) alternativo(s): Adverse event, pain and immunogenicity in the administration of vaccine intramuscularly in the ventro-gluteal without aspiration before injection: a randomized clinical trial
Autor(es): Silva, Alanna Michella Oliveira de Albuquerque da
Primeiro Orientador: Santos, Regina Célia Sales
metadata.dc.contributor.referee1: Sarmento, Patrícia de Albuquerque
metadata.dc.contributor.referee2: Nagliate, Patrícia de Carvalho
Resumo: Introdução: A aspiração antes da injeção intramuscular (IM) trata-se de uma prática de longa data, mas estudada cientificamente apenas nas últimas duas décadas, pois não existiam evidências científicas que justificassem sua utilização, sendo adotada pela enfermagem como uma precaução para verificar se foi atingido algum vaso sanguíneo. Porém, os locais comumente utilizados para vacinação IM (vasto lateral da coxa, deltoide e ventro-glúteo) não possuem vasos de grande calibre. Além disso, a não aspiração pode reduzir a dor no procedimento por torná-lo mais rápido. Assim, este estudo busca responder a seguinte questão norteadora: a técnica de não aspiração antes da administração de vacina via IM é segura em comparação à técnica padrão com aspiração? Objetivo: Avaliar a dor da injeção, a ocorrência de eventos adversos e a imunogenicidade após vacinação contra Hepatite A por via IM na região ventro-glútea (VG) sem aspiração para verificar retorno venoso. Material e método: Trata-se de estudo do tipo ensaio clínico randomizado duplo-cego, realizado com pessoas de 18 a 59 anos utilizando a vacina Hepatite A (inativada) na região ventro-glútea, com amostra de 79 participantes no grupo experimental (GE) submetidos à injeção lenta sem aspiração e 76 participantes no grupo controle (GC), à injeção lenta com aspiração. Os indivíduos foram alocados nos grupos através de randomização em bloco. Foi aplicada a escala numérica de intensidade da dor, realizada a aferição da pulsação por minuto e saturação periférica de oxigênio (SpO2) durante a vacinação, avaliação diária dos participantes até 72 horas pós-vacinação e análise sorológica da titulação de anticorpos contra a Hepatite A (anti-HAV IgG) antes e após a vacinação. Os dados foram tabulados no Programa Microsoft Office Excel e analisados no software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 21.0. Foi realizada análise estatística descritiva e inferencial, considerando significância estatística quando p > 0,05 e intervalo de confiança de 95 %. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa por meio de parecer consubstanciado sob nº 3.315.929. Resultados: Participaram do estudo 155 pessoas com idade média de 38,28 anos (dp ± 10,46), a maioria homens (68,4 %, n = 106) e pertencentes à raça parda (62 %, n = 97). A média da escala de dor foi de 1,83 pontos (dp ± 2,39) na população total, participantes do sexo feminino (p = 0,007) e com mais idade (p = 0,024) apresentaram menor intensidade da dor. O grupo experimental apresentou média de dor menor que o grupo controle, mas não houve significância estatística (p = 0,059). A ocorrência de eventos adversos locais e sistêmicos foi homogênea entre os grupos submetidos às técnicas com ou sem aspiração nos três dias pós-vacinação (p > 0,05). A maioria dos participantes (81,29 %) apresentou imunidade anterior ao vírus da Hepatite A (≥ 10 mUI/mL), com anti-HAV IgG médio de 108,33 mUI/mL (dp ± 58,84). Após a vacinação, os títulos médios de anticorpos aumentaram significativamente (p = 0,000), com média de 124,30 mUI/mL (dp ± 53,83), não existiram diferenças significativas entre GE e GC (p > 0,05). As variáveis sexo, raça, doença pré-existente e uso de medicamento não influenciaram os eventos adversos e a imunogenicidade da vacina. Conclusão: A técnica de vacinação IM sem aspiração antes da injeção é segura quanto aos eventos adversos e à imunogenicidade na administração da vacina Hepatite A (inativada) na região VG em comparação à técnica convencional com aspiração, assim como apresentou níveis semelhantes de dor durante o procedimento, classificada como leve.
Abstract: Introduction: Aspiration prior intramuscular injection (IM) is a long-standing practice, but it has only been scientifically studied in the last two decades, because there was no scientific evidence to justify its use, being adopted by nursing as a precaution to check if any blood vessel was reached. However, the sites commonly used for IM vaccination (vastus lateralis, deltoid and ventro-gluteal) do not have large caliber vessels. In addition, non-aspiration can reduce the pain in the procedure for making it faster. Thus, this study seeks to answer the following guiding question: the technique of non-aspiration prior to administration of vaccine intramuscularly is safe compared to the standard technique with aspiration? Objective: To evaluate the pain of the injection, the occurrence of adverse events and the immunogenicity after vaccination against Hepatitis A via IM in the ventro-gluteal region (VG) without aspiration to verify venous return. Material and method: This is a double-blind randomized controlled trial, performed with people aged 18 to 59 years using the Hepatitis A vaccine IM inactivated in the ventro-gluteal region, with a sample of 79 participants in the experimental group (EG) submitted to slow injection without aspiration and 76 participants in the control group (CG) at slow injection with aspiration. Individuals were allocated to groups through block randomization. The numerical scale of pain intensity was applied, it was measured the pulse per minute and peripheral oxygen saturation (SpO2) during vaccination, daily assessment of participants up to 72 hours after vaccination and serological analysis of the antibody titers against Hepatitis A (anti-HAV IgG) before and after vaccination. The data were tabulated in the Microsoft Office Excel Program and analyzed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) software version 21.0. Descriptive and inferential statistical analysis was realized, considering statistical significance when p > 0.05 and 95% confidence interval. The study was approved by the Research Ethics Committee through consubstantiated opinion under number 3.315.929. Results: 155 people participated in the study, with a mean age of 38.28 years (sd ± 10.46), most of them men (68.4%, n = 106) and belonging to the brown race (62%, n = 97). The average of the pain scale was 1.83 points (sd ± 2.39) in the total population, female participants (p = 0.007) and older (p = 0.024) had lower pain intensity. The experimental group had a lower mean pain than the control group, but there was no statistical significance (p = 0.059). The occurrence of local and systemic adverse events was homogeneous among the groups submitted to the techniques with or without aspiration in the three days after vaccination (p > 0.05). Most participants (80.65%) had immunity prior to the Hepatitis A virus (≥ 10 mUI/mL), with an average anti-HAV IgG of 108.33 mUI/mL (sd ± 58.84). After vaccination, the mean antibody titers increased significantly (p = 0.000), with an average of 124.30 mUI/mL (sd ± 53.83), there were no significant differences between experimental and control group (p> 0.05). The variables gender, race, pre-existing disease and use of medication did not influence adverse events and the immunogenicity of the vaccine. Conclusion: The technique of IM vaccination without aspiration before injection is safe with regard to adverse events and immunogenicity in the administration of the Hepatitis A vaccine (inactivated) in the VG region compared to the conventional technique with aspiration, as well as presenting similar levels of pain during the procedure, classified as mild.
Palavras-chave: Injeções Intramusculares
Dor
Imunogenicidade da vacina
Reação no Local da Injeção
Evento adverso
Vacinação
Injection
Intramuscular
Pain
Immunogenicity
Vaccine
Injection site reaction
Adverse event
Vaccination
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Citação: SILVA, Alanna Michella Oliveira de Albuquerque da. Evento adverso, dor e imunogenicidade na administração de vacina por via intramuscular no ventro-glúteo sem aspiração antes da injeção: um ensaio clínico randomizado. 2020. 140 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Programa de Pós Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2020.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/7325
Data do documento: 30-set-2020
Aparece nas coleções:Dissertações e Teses defendidas na UFAL - EENF



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.