00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) FANUT - FACULDADE DE NUTRIÇÃO Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FANUT
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Tipo: Dissertação
Título: Estado nutricional e consumo alimentar de mulheres das comunidades quilombolas de Alagoas
Título(s) alternativo(s): Nutritional status and food intake of women from quilombola communities of Alagoas
Autor(es): Luna, Andreza de Araújo
Primeiro Orientador: Ferreira, Haroldo da Silva
metadata.dc.contributor.referee1: Cerqueira, Monica Maria Osorio de
metadata.dc.contributor.referee2: Florêncio, Telma Maria de Menezes Toledo
Resumo: Objetivo: Caracterizar o estado nutricional e o consumo alimentar das mulheres das comunidades quilombolas do Estado de Alagoas. Métodos: Foram estudadas 1308 mulheres das quais se obtiveram dados antropométricos, dietéticos, socioeconômicos e demográficos. O estado nutricional foi classificado por meio do Índice de Massa Corporal (IMC). Para investigar a possível relação entre a desnutrição no início da vida, expressa pelo déficit estatural, e a condição nutricional atual, as mulheres foram categorizadas segundo a distribuição em quartis de suas respectivas estaturas. Aquelas classificadas abaixo do quartil inferior (Q1) foram consideradas de baixa estatura. As mulheres do quartil superior (Q4) foram assumidas como referência para comparação das variáveis de interesse. O consumo alimentar foi avaliado por meio do inquérito recordatório de 24 horas aplicado em toda a amostra de forma aleatória em qualquer dia da semana e, para permitir o ajuste da variabilidade intrapessoal da ingestão, repetido numa sub-amostra equivalente a 22,6% das mulheres segundo seleção randômica. Para calcular a Estimad Energy Requiriment (EER) e o Intervalo de Distribuição Aceitável de Macronutrientes, utilizou-se as recomendações do IOM (Institute of Medicine), que preconiza a utilização das DRIs (Dietary Reference Intakes). O método EAR como ponto de corte foi utilizado para estimar a probabilidade de inadequação do consumo dos micronutrientes. Para os nutrientes sem EAR estabelecida (cálcio e fibra) foram utilizadas a AI (Adequate Intake). Resultados: Quase todas as mulheres (97,3%) pertenciam às classes econômicas D (50,4%) ou E (46,9%). Apesar disso, a maioria (52,4%) apresentava sobrepeso (33,1%; IMC ≥ 25 kg/m2) ou obesidade (19,3%; IMC ≥ 30 kg/m2), condição que não pôde ser explicada por um consumo energético atual excessivo, pois 64,4% da amostra apresentavam ingestão energética inferior à sua correspondente EER. Tal achado pode ter sido devido ao subrelato da ingestão e/ou a superestimativa das necessidades energéticas. Essa última alternativa ganha força na medida em que se observou uma maior frequência de sobrepeso + obesidade entre as mulheres do Q1 quando comparadas às mulheres do Q4 (Odds ratio = 1,46; IC95% = 1,07 a 2,03; P=0,01), sugerindo que as primeiras tenham desenvolvido o chamado fenótipo econômico. Dentre os nutrientes investigados (zinco e as vitaminas A, C e ácido fólico), apenas para ácido fólico e zinco foi possível estimar a probabilidade de inadequação, correspondendo a 85,3% e 27,4%, respectivamente. Com relação aos demais, essa estimativa não pode ser realizada em virtude da distribuição da ingestão não ser normal, mesmo após a transformação dos dados. Conclusões: Apesar das precárias condições econômicas observadas, o excesso de peso corporal é o problema nutricional mais relevante nas mulheres quilombolas de Alagoas e se associou a baixa estatura, possivelmente devido a adaptações metabólicas decorrentes da desnutrição no início da vida.
Abstract: Objective: To determine the nutritional status and dietary intake of women from quilombola communities in the State of Alagoas. Methods: 1308 women were studied and their anthropometric, dietary, socioeconomic and demographic factors were obtained. Nutritional status was evaluated utilizing Body Mass Index (BMI). To investigate the possible relationship between malnutrition in early life, as measured by stunting, and current nutritional status, the women were categorized according to distribution in quartiles of their respective heights. Those classified in the lower quartile (Q1) were considered to be of short stature. Women in the upper quartile (Q4) were taken as reference for comparison of variables of interest. Dietary intake was assessed by 24-hour dietary recall applied across the sample at random on any day of the week and, to reconcile for intrapersonal variability of intake, repeated in a sub-sample equivalent to 22.6% of the women according to random selection. To calculate the Estimated Energy Requirement (EER) and Acceptable Range Distribution of Macronutrients (AMDR) the recommendations of the IOM (Institute of Medicine) which advocates the use of DRIs (Dietary Reference Intakes) was followed. The EAR cutpoint method was used to estimate the probability of inadequate intake of micronutrients. For nutrients without an established EAR (calcium and fiber), AI (Adequate Intake) was used. Results: Almost all women (97.3%) belonged to social classes D (50.4%) or E (46.9%). Nevertheless, the majority (52.4%) were overweight (33.1%, BMI ≥ 25 kg/m2) or obese (19.3%, BMI ≥ 30 kg/m2), a condition that could not be explained by an excessive current energy consumption, as 64.4% of the sample had an energy intake below their corresponding EER. This finding may be due to under-reporting of ingestion and/or overestimation of energy needs. The latter alternative is supported by the greater prevalence of overweight and obesity among women in Q1as compared to Q4 of women (odds ratio = 1.46, 95% CI 1.07 to 2.03, P = 0.01), suggesting that the former have developed the so-called economic phenotype. Among the investigated nutrients (zinc and vitamins A, C and folic acid), it was possible to estimate the probability of inadequacy only for folic acid and zinc, corresponding to 85.3% and 27.4% respectively. With respect to the other nutrients, this estimate could not be achieved because the distribution of intake was not normal, even after data transformation. Conclusions: Despite the precarious economic problems observed, excess weight is the most relevant nutritional problem of female quilombolas in Alagoas and is associated with short stature, possibly due to metabolic adaptations resulting from malnutrition at the start of life.
Palavras-chave: Women - Alagoas
Quilombolas communities
Nutrition
Food consumption
Nutritional status
Mulheres - Alagoas
Comunidades quilombolas
Nutrição
Consumo alimentar
Estado nutricional
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.department: Nutrição
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Nutrição
Citação: LUNA, Andreza de Araújo. Estado nutricional e consumo alimentar de mulheres das comunidades quilombolas de Alagoas. 2010. 131 f. Dissertação (Mestrado em Nutrição) - Faculdade de Nutrição, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2010.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufal.br/handle/riufal/647
Data do documento: 22-jun-2010
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