00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) FALE - FACULDADE DE LETRAS Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FALE
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Tipo: Tese
Título: A ironia e o humor mórbido como estratégias poéticas em Eu, de Augusto dos Anjos
Título(s) alternativo(s): The irony and humor morbid as poetics in Eu, Augusto dos Anjjos
Autor(es): Ayres, Fernando Guilherme Silva
Primeiro Orientador: Brandão, Gilda de Albuquerque Vilela
metadata.dc.contributor.referee1: Souza, Francisca Zuleide Duarte de
metadata.dc.contributor.referee2: Araujo, Vera Lúcia Romariz Correia de
metadata.dc.contributor.referee3: Resende, Nilton José Mélo de
metadata.dc.contributor.referee4: Xavier, Antônio José Rodrigues
Resumo: Um dos elementos mais relembrados em relação à poesia de Augusto dos Anjos é a sua obsessiva fixação no temário grotesco, pessimista e agônico sobre a vida, destinada ao desengano e à morte, exposta em uma inquietante linguagem carregada de termos científicos que ressaltam seu desvelar crítico sobre as misérias e infelicidades humanas. Porém, é possível identificar na obra anjosiana uma ironia, associada ao humor mórbido, como parte de um recurso poético, expressão (e estratégia) metafórica característica. Em EU (1912), percebe-se, no dizer do próprio poeta, uma "ironia infausta" sobre um universo de acentuadas transformações e contradições. A ironia, ao ―dizer o contrário do que se está a dizer‖, liga-se diretamente ao humor (zombaria, confronto, sarcasmo) também sobre o mórbido e o sofrimento, desvelado no lirismo anjosiano que desmascara/apresenta o grotesco e as ruínas; incomoda, atrai e se apresenta como confronto ligado ao riso. O objetivo deste trabalho é mostrar que, em Augusto dos Anjos, o humor mórbido e a ironia tornam-se estratégias de surpreender e também de convocar o poético, incômodo aos sentidos, e que tenta afastar o terror do sofrimento e da morte pela arte que a poesia admite. Augusto dos Anjos apresenta no desfilar irônico, o grotesco, a fealdade, a morte e confronta estes ―inimigos‖ com o riso oculto, velado, em sua poesia.
Abstract: One of the most remembered elements in relation to the poetry of Augusto dos Anjos is his obsessive fixation on the thematic of grotesque, pessimistic and agonic about the life, fated to the disillusion and death, exposed in an disquieting language and loaded with scientific terms that highlight their critic unveil about the human miseries and unhappinesses. However, it is possible to identify in the anjosian work an irony, associated to the morbid humor, as part of a poetic device, expression (and strategy) metaphorical characteristic. In EU (1912), it is perceived, in the words of the poet himself, an ―infaust irony‖ about a universe of accentuated transformations and contradictions. The irony, in ―saying the opposite of what is being said‖, binds directly to the humor (mockery, confrontation, sarcasm) also on the morbid and suffering, unveiled in the anjosian lyricism which unmasks/presents the grotesque and the ruins; it bothers, attracts and is presented as confrontation connected to laughter. The objective of this paper is to show that, in Augusto dos Anjos, the morbid humor and the irony become strategies to surprise and also to convene the poetic, nuisance to the senses, and that tries to move away the terror of suffering and death by the art that poetry admits. Augusto dos Anjos presents in the ironic parade, the grotesque, the ugliness, the death and confronts these ―enemies‖ with the hidden laughter, veiled, in his poetry.
Palavras-chave: Poesia brasileira – Crítica e interpretação
Humor mórbido
Ironia poética
Humor na literatura
Ironia na literatura
Anjos, Augusto dos, 1884-1914
Brazilian poetry - Criticism and interpretation
Morbid humor
Ironic poetry
Humor in the literature
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística
Citação: AYRES, Fernando Guilherme Silva. A ironia e o humor mórbido como estratégias poéticas em Eu, de Augusto dos Anjos. 2019. 121 f. Tese (Doutorado em Estudos Literários) – Faculdade de Letras, Programa de Pós Graduação em Letras e Lingüística, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2016.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/6267
Data do documento: 7-jun-2016
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