00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) FSSO - FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FSSO
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/riufal/2390
Tipo: Dissertação
Título: A reprodução social na ontologia de Lukács: um escólio introdutório
Autor(es): Castro, Rogério Santos de
Primeiro Orientador: Tonet, Ivo
metadata.dc.contributor.referee1: Costa, Gilmaisa Macedo da
metadata.dc.contributor.referee2: Vaisman, Ester
Resumo: Neste trabalho, discutimos a reprodução social à luz da última grande produção do filósofo marxista húngaro György Lukács: Por uma ontologia do ser social. Originando-se com o ato de trabalho, o ser social se constitui como uma nova esfera ontológica. Ele tem como sua base de ser outras duas esferas ontológicas, a natureza inorgânica e a natureza orgânica. Juntas, formam a unitariedade do ser. O que perfaz o elo de ligação entre o ser social e a natureza é o homem enquanto ente biológico. Por meio do trabalho, e do seu produto necessário – a divisão do trabalho –, o homem cria instrumentos e consegue dominar em seu proveito forças da natureza. Vai se verificando uma preponderância crescente do social sobre o biológico. A consciência é gerada no interior desse processo como órgão e médium dessa nova forma de continuidade. Quando o homem é capaz de produzir mais do quanto necessita para a sua reprodução, surge, diante desse novo fato econômico, a base objetiva para a escravidão e outras formações históricas baseadas na apropriação privada do excedente de produção. A partir desse ponto, para regular os antagonismos que daqui se desdobram, surge a jurisdição conscientemente posta, junto com a qual também aparece a força pública. O Estado, em seguida, surge como “sujeito deste dever”, isto é, para estabelecer se são justos ou delituosos os vários resultados da práxis humana. Somente a partir do momento em que a lei seja “De cada um segundo sua capacidade, a cada um segundo suas necessidades” (comunismo), poderá se superar no plano concreto a igualdade obtida no plano abstrato proporcionada pelo valor de troca. E assim, por se tornar supérfluo, o Direito tal como conhecemos pode conhecer a sua perspectiva de extinção. Em tudo isso vem à luz um fato ontológico basilar para o ser social: sem a reprodução ontogenética do homem não pode ter lugar nenhuma reprodução filogenética. Nisso, também, se revela a prioridade ontológica da economia diante dos outros complexos que compõem a sociedade. Não obstante essa dependência última do momento econômico, complexos sociais como o jurídico, para funcionarem de acordo com as exigências que o complexo total lhes requer, adquirem uma certa autonomia, porém nunca uma autonomia plena; sempre relativa. A totalidade, então, assume o papel de momento predominante. Assim, a partir do método da leitura imanente do texto, buscamos empreender um trabalho sistemático de compreensão de uma parte desse compêndio de mil e duzentas páginas, inédito no Brasil, e com essa modesta contribuição esperamos ajudar na difusão das principais teses dessa obra em nosso país.
Abstract: In this paper, we discuss the social reproduction in the light of the last great work of the Hungarian Marxist philosopher György Lukács: On the ontology of social being. Originating with the act of work, social being is constituted as a new ontological sphere. He has as its basis being the other two spheres ontology, the nature of inorganic and organic nature. Together they form the unitarity of being. What makes the link between social being and nature is man as a biological entity. Through the work, and your product need – the division of labor - the man create instruments and can dominate to their advantage the forces of nature. Will be checking up a preponderance growing of the social over the biological.Consciousness is generated within this process as a medium body and this new form of continuity. When man is able to produce more as needed for their reproduction, appear before this new economic fact, the objective basis for slavery and other historical formations based on private appropriation of surplus production. From that point, to regulate the antagonisms that unfold here comes the jurisdiction knowingly put together with which law enforcement also appears. The state then appears as a “subject of this duty”, in other words, to establish whether they are fair or infringing the various outcomes of human praxis. Only from the moment the law is “from each according to his ability, to each according to hisneeds” (communism), can be overcome at the concrete level achieved equality in the abstract provided by the exchange value. And so, to become superfluous, the law as we know it can meet its prospect of extinction. In all this comes to light a fundamental ontological fact to be social: not playing ontogeny of man can not take place any phylogenetic reproduction. It also reveals the ontological priority of the economy before the other complexes that make up society. Despite this dependence of the last moment economic, social complexes as legal to operate in accordance with the requirements that the total complex requires them acquire a certain autonomy, but never a full autonomy, always relative. The totality, then, assumes the role of dominant moment. Thus, from the immanent method of reading of text, we undertake a systematic understanding part of a compendium of one thousand and two hundred pages, unprecedented in Brazil, and with this modest contribution will hopefully help in the dissemination of the main thesis of this work in our country.
Palavras-chave: Lukács, György, 1885-1971
Ontologia
Reprodução social
Filosofia
Ontology
Social reproduction
Complex of complex
Dominant moment
Be-just-so
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Citação: CASTRO, Rogério Santos de. A reprodução social na ontologia de Lukács: um escólio introdutório. 2011. 107 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Faculdade de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2011.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/2390
Data do documento: 13-mai-2011
Aparece nas coleções:Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FSSO

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
A reprodução social na ontologia de Lukács: um escólio introdutório.pdfA reprodução social na ontologia de Lukács: um escólio introdutório909.42 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.