00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) ICHCA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTES Dissertações e Teses defendidas na UFAL - ICHCA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/riufal/5671
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisor1Carvalho, Flávia Maria de-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3197648102123157pt_BR
dc.contributor.referee1Palamartchuk, Ana Paula-
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1188767660805614pt_BR
dc.contributor.referee2Pinto, Marcelo Bittencourt Ivair-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/0953960024730969pt_BR
dc.creatorSantos, Jéssica Evelyn Pereira dos-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2559432389094519pt_BR
dc.date.accessioned2019-08-03T14:25:11Z-
dc.date.available2019-06-26-
dc.date.available2019-08-03T14:25:11Z-
dc.date.issued2019-03-26-
dc.identifier.citationSANTOS, Jéssica Evelyn Pereira dos. Colonialismo no sertão pacificado: os povos do planalto de Benguela sob o Terceiro Império Português (1890-1954). 2019.159 f. Dissertação (Mestrado em História) – Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes. Programa de Pós Graduação em História, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2019.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/5671-
dc.description.abstractUntil the second half of the 19th century, the Angolan territory controlled by the Portuguese colonial administration was restricted to Luanda, Benguela, and Moçâmedes. Despite the contacts between native people and Europeans in the highlands, the Portuguese presence was not enough to assure the domination of the highlands by the colonial structures. The Benguela plateau’s people have maintained their political autonomies until at least the last decade of the 19th century. From this time onward, the native political autonomies were highly affected by the “pacification wars”, which have gained a bigger dimension when the Portuguese won the wars in Bié (1890) and in Bailundo (1902-1904). These military enterprises have allowed the fragile setting of the colonialism on Benguela Highlands. In this context, the role of the native authorities was transformed, limited and fragmented, but it was not completely replaced by the colonial administration. Besides that, the caravan trade’s crisis, the rubber boom, and the growth of the demand for “contract workers” have motivated conflicts for authority and leadership. Although colonial narratives tend to overlook the actions of the native subjects, these characters have assumed fundamental roles in the disputes over the power and social roles, for the development and maintenance of the colonial system as for its inquiring. The images of the native characters produced by colonial discourse are based on imperial notions of inferiority and lack of “civility”. These images are central to the process of domination of native people and their territories. The precarious conditions of native labor under colonial rule and the notion of “indigenato” are central elements to the predominance of the monolithic idea of empire as “civilizing mission”. These elements have brought direct implications to sociopolitical organizations and labor issues for native societies. Once focusing on colonial politics and practices on native peoples of Benguela Highlands, this research intends to comprehend the relationships between imperialism and social, political and cultural changes that have taken place in the region during the age of “third Portuguese empire”. This work analyses a corpus formed by colonial administrator’s reports, journals, missionary reports, ethnography material, and legislation was through the lens of “Bifurcated State” theory by Mamdani, “Invented Tradition” concept by Ranger and Hobsbawm, “colonial archive” by Mudimbe and “imperialism” by Edward Said. This work intends to contribute to the demystification of persistent images of a culturally homogeneous, tribalist, poor, dependent and illiterate sub-Saharan Africa, which have reverberated through African colonial History by erasing the native people roles in historical processes.pt_BR
dc.description.sponsorshipFAPEAL - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoaspt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Alagoaspt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Históriapt_BR
dc.publisher.initialsUFALpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectBenguela (Angola : Provincia)pt_BR
dc.subjectAngola – História - 1890-1954pt_BR
dc.subjectPortugal – Imperialismopt_BR
dc.subjectAngola – Colonizaçãopt_BR
dc.subjectBenguela (Angola: Province)pt_BR
dc.subjectAngola - History - 1890-1954pt_BR
dc.subjectPortugal – Imperialismpt_BR
dc.subjectAngola - Colonizationpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIApt_BR
dc.titleColonialismo no sertão pacificado: os povos do planalto de Benguela sob o Terceiro Império Português (1890-1954)pt_BR
dc.title.alternativeColonialism on pacified highlands: the peoples of Benguela under the Third Portuguese Empire (1890-1954)pt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.description.resumoAté a segunda metade do século XIX, o território angolano efetivamente controlado pela administração portuguesa se limitava à Luanda, Benguela e Moçâmedes. Apesar de contatos comerciais entre nativos e europeus terem se estabelecido nas terras do interior, a presença portuguesa não assegurava o controle dos sertões pelas estruturas administrativas coloniais. Os povos do planalto de Benguela mantiveram suas autonomias políticas até ao menos a última década do novecentos. A partir desse período, essas autonomias foram intensamente afetadas pelas “campanhas de pacificação”, que alcançaram maior expressão com a vitória portuguesa na campanha do Bié em 1890 e com a Revolta do Bailundo (1902-1904). Esses empreendimentos militares possibilitaram o estabelecimento, ainda que frágil, de um núcleo colonial no Planalto de Benguela. Nesse contexto, o papel das autoridades nativas foi transformado, limitado e fragmentado, mas não foi completamente substituído pela administração colonial. Além disso, a crise do comércio das caravanas e da borracha e o aumento da demanda no recrutamento de trabalhadores contratados acirraram os conflitos de autoridade e liderança na região. Embora as narrativas coloniais tendam a negligenciar as ações dos sujeitos nativos, esses personagens assumiram lugares fundamentais nas disputas pelo poder, por lugares sociais, no desenvolvimento, manutenção e questionamento do colonialismo do período. As imagens desses personagens produzidas pelos discursos coloniais, sustentadas pelas noções imperiais de inferioridade desses povos por suposta falta de “civilidade”, são partes fundantes da elaboração colonial para a dominação desses povos e territórios. As condições do trabalho nativo sob o jugo colonial e a noção de “indigenato” são elementos centrais durante a vigência da ideia monolítica da expansão do império como “missão civilizadora”, que trouxeram implicações diretas para as organizações sociopolíticas e para as questões laborais desses povos. Ao nos voltarmos para a política e prática colonial que incide sobre os povos nativos, a pesquisa busca compreender as relações entre dinâmicas imperiais e as transformações políticas, sociais e culturais que atravessaram as sociedades do Planalto de Benguela durante o período de sua “ocupação colonial efetiva”. Para cumprir essa tarefa, analisamos um corpo documental composto por relatórios de administradores coloniais, relatos de missionários, periódicos, relatórios etnográficos e documentos legislativos. A nossa investigação se utiliza do argumento de Mamdani acerca da existência de um Estado Bifurcado no desenvolvimento das estruturas de poder sob o colonialismo em África e do conceito de tradição inventada formulado por Eric Hobsbawm e Terence Ranger para ler as estratégias que se utilizam da “autoridade do passado” enquanto um conjunto de práticas que imprimem certos valores e normas de comportamento pela repetição, o que automaticamente implica uma continuidade com o passado, além das noções de “arquivo colonial” de Valentin Mudimbe e de imperialismo de Edward Said. O desafio que se coloca em primeiro plano à pesquisa é de contribuir com a desmistificação de persistentes imagens de uma África Subsaariana culturalmente única, tribalista, pobre, dependente e iletrada, que ganharam reverberação na história colonial africana, apagando o protagonismo de personagens nativos nos processos históricos.pt_BR
Aparece nas coleções:Dissertações e Teses defendidas na UFAL - ICHCA



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.