00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) FAU - FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) - GRADUAÇÃO - FAU Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) - Bacharelado - ARQUITETURA E URBANISMO - FAU
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Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: Sobrevivendo ao inferno: experimentos com montagem urbana na cidade de Maceió -AL
Título(s) alternativo(s): Surviving in Hell: experiments with urban montage in the city of Maceió-AL
Autor(es): Marques, Leandro Ferreira
Primeiro Orientador: Araújo, Flavia de Sousa
metadata.dc.contributor.referee1: Pena, João Soares
metadata.dc.contributor.referee2: Ramos, Diana Helene
metadata.dc.contributor.referee3: Oliveira, Roseline Vanessa Santos
Resumo: Como podemos falar sobre o direito à cidade se antes nem o direito à vida à população negra é garantido? Este trabalho entende que vivemos numa sociedade onde diversas formas de opressão, como o racismo estrutural, desigualdades de gênero e classe, são utilizadas para assegurar a hegemonia branca advinda da colonialidade. Assim, as cidades são marcadas por uma forte dicotomia social, na qual a violência letal urbana surge como um projeto de controle e vigilância da população negra. Através do estudo de caso de Maceió, Alagoas, mapeamos os Crimes Violentos Letais Intencionais entre 2012 e 2021 junto a dados de raça, gênero, renda, educação e densidade demográfica. Descobrimos que há uma territorialização racial das mortes violentas letais intencionais nos bairros negros e que a cada 18 horas morre uma pessoa negra na capital alagoana, sendo jovens-homens-negros os mais afetados. Assim, se constrói uma narrativa de medo e insegurança ao redor dos bairros negros, principalmente pelas ações policiais e a constante divulgação de imagens de morte pela mídia, afetando diretamente na produção urbana e arquitetônica desses territórios e reforçando que esses lugares se resumem a violência. Em contrapartida, compreendemos que essa não é a história única da população negra e precisamos disputar o campo do simbólico como enfrentamento, como nos mostra o conceito de Afrofuturismo. Então, pelo método de montagem urbana e reflexões da filosofia africana, desenvolvemos fotocolagens com fragmentos de atos cotidianos de Maceió e da população negra. Concluímos que as imagens sobre a cidade não são estáticas, dependem de quem as vivencia. O importante é possibilitar outras interpretações dos bairros negros que não as de violência. Uma forma de combate e antirracismo do campo da arquitetura e urbanismo.
Abstract: How can we talk about the right to the city if not even the right to life for the black population is guaranteed before? This work understands that we live in a society where various forms of oppression, such as structural racism, gender and class inequalities, are used to ensure white hegemony arising from coloniality. Therefore, cities are marked by a strong social dichotomy, in which urban lethal violence emerges as a project of control and surveillance of the black population. Through the case study of Maceió, Alagoas, we mapped the Intentional Lethal Violent Crimes between 2012 and 2021 along with data on race, gender, income, education and population density. We found out that there is a racial territorialization of intentional lethal violent deaths in black neighborhoods and that every 18 hours a black person dies in the capital of Alagoas, with young black men being the most affected. Thus, a narrative of fear and insecurity is built around black neighborhoods, mainly due to police actions and the constant dissemination of images of death by the media, directly affecting the urban and architectural production of these territories and reinforcing that these places boil down to violence. On the other hand, we understand that this is not the unique history of the black population and we need to dispute the field of the symbolic as a confrontation, as the concept of Afrofuturism shows us. Then, through the method of urban montage and reflections of African philosophy, we developed photocollages with fragments of everyday acts of Maceió and the black population. We conclude that the images about the city are not static, they depend on who experiences them. The important thing is to make possible other interpretations of black neighborhoods other than those of violence. A form of combat and anti-racism in the field of architecture and urbanism.
Palavras-chave: Planejamento urbano
Violência urbana - Maceió (AL)
Racismo
Urban planning
Lethal urban violence
Racism
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMO
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.department: Curso de Arquitetura e Urbanismo
Citação: MARQUES, Leandro Ferreira. Sobrevivendo no inferno : experimentos com montagem urbana na cidade de Maceió-AL. 2023. 68 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2022.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/11947
Data do documento: 24-out-2022
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