00 CAMPUS ARISTÓTELES CALAZANS SIMÕES (CAMPUS A. C. SIMÕES) FAMED - FACULDADE DE MEDICINA Dissertações e Teses defendidas na UFAL - FAMED
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Tipo: Dissertação
Título: Traumas precoces e manifestações clínicas em mulheres com fibromialgia
Autor(es): Pedrosa, Melina Pimentel Cavalcante
Primeiro Orientador: Melo Neto, Valfrido Leão de
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Fragoso, Thiago Sotero
metadata.dc.contributor.referee1: Miranda, Cláudio Torres
metadata.dc.contributor.referee2: Veras, André Barciela
metadata.dc.contributor.referee3: Medeiros, Mércia Lamenha
Resumo: Introdução: A fibromialgia (FM) é uma síndrome dolorosa crônica que acomete, em sua maioria, mulheres adultas (18-55 anos). Apresenta uma prevalência de aproximadamente 2,5% na população brasileira. É caracterizada por dor musculoesquelética generalizada, frequentemente acompanhada por fadiga, sono não reparador, distúrbios cognitivos leves, ansiedade e depressão. Não há etiologia e fisiopatologia bem estabelecidas. Trabalhos atuais vêm demonstrando a associação do trauma precoce com alterações na modulação da dor e maior sofrimento psíquico. Objetivo: Investigar a associação entre a história de trauma precoce e as características clínicas em mulheres com FM. Metodologia: Estudo transversal com abordagem quantitativa, realizado no serviço de medicina da dor. Amostra é não probabilística e, por conveniência, realizada durante um ano de atendimentos do ambulatório. A coleta de dados ocorreu a partir da realização de um questionário sociodemográfico e clínico, criado pelos pesquisadores, associado com instrumentos validados: 1) Critérios diagnósticos para FM do Colégio Americano de Reumatologia (ACR,2010); 2) Questionário sobre o impacto da FM(QIF) que avalia funcionalidade e qualidade de vida; 3) Escala visual análoga (EVA), para avaliar intensidade da dor física; 4) Inventário de depressão de Beck (BDI II), para mensurar a intensidade dos sintomas depressivos; 5) Psychache Scale (Escala de dor psicológica), avalia intensidade do sofrimento psicológico; 6) Inventário de autoavaliação do trauma precoce: Versão reduzida (ETISR-SF) que avalia a história de trauma até os 18 anos de idade. Resultados: Foram entrevistadas 50 mulheres com FM. A média de idade das participantes foi de 49,84(±8,25), a média de escolaridade foi de 7 (±5,77) anos de estudo e, 58% relataram ter companheiro. Dentre as entrevistadas, 33 (66%) Traumas gerais, 36 (72%), Abuso físico, 33 (66%) Abuso emocional e 25 (50 %) Abuso sexual. Os escores do ACR, QIF, BDI II e da escala de Dor psicológica foram piores em pacientes fibromiálgicas com história de trauma precoce (p<0,01; p<0,05; p<0,01; p<0,01, respectivamente). . Além disso, observou-se uma correlação positiva entre intensidade da história de trauma precoce com maior gravidade dos sintomas em todos os aspectos avaliados (p<0,05). Conclusão: Nessa população estudada a história de trauma precoce foi comum em mulheres com FM e se associou a pior perfil clínico (tanto ACR 2010 quanto QIF) e psicológico (BDI II e Dor psicológica), por isso, sugerimos deve ser sistematicamente investigado nessa população.
Abstract: Introduction: Fibromyalgia (FM) is a chronic painful syndrome that affects mostly adult women (18-55 years). It has a prevalence of approximately 2.5% in the Brazilian population. It is characterized by generalized musculoskeletal pain, often accompanied by fatigue, nonrestorative sleep, mild cognitive impairment, anxiety and depression. There is no clearly wellestablished etiology or pathophysiology. Current studies have demonstrated the association of early trauma with changes in pain modulation and greater psychological distress. Objective: To investigate the association between history of early trauma and clinical characteristics in women with FM. Methodology: Cross-sectional study with a quantitative approach, carried out in the pain medicine service of the general outpatient clinic of the Professor Alberto Antunes University Hospital (HUPAA) of the Federal University of Alagoas (UFAL). The sample is non-probabilistic and for convenience Carrier out during the period of care at the clinic. Data collection took place through a sociodemographic and clinical questionnaire created by the researchers. The following instruments were also used: 1) FM diagnosis questionnaire from the American College of Rheumatology (ACR); 2) Questionnaire on the impact of FM (QIF) that assesses functionality and quality of life; 3) Visual analogue scale (VAS) to assess physical pain intensity; 4) Beck Depression Inventory (BDI II), to measure the intensity of depressive symptoms; 5) Psychache Scale, assesses the intensity of psychological suffering; 6) Early trauma self-assessment inventory: Short version (ETISR-SF) that assesses trauma history up to 18 years of age. Results: Fifty women with FM were interviewed. The mean age of the participants was 49.84(±8.25), the mean schooling was 7(±5.77) years of study and 58% reported having a partner. Among the interviewees, 33 (66%) reported general trauma, 36 (72%) physical abuse, 33 (66%) emotional abuse and 25 (50%) sexual abuse. ACR, QIF, BDI II and Psychological Pain scale scores were worse in fibromyalgia patients with a history of early trauma (p<0.01; p<0.05; p<0.01; p<0.01, respectively). In addition, there was a positive correlation between the intensity of the early trauma history and greater severity of symptoms in all aspects evaluated (p<0.05). Conclusion: History of early trauma is common in women with FM and is associated with a worse clinical profile (both ACR 2010 and QIF) and psychological profile (BDI II and Psychological pain) so it should be systematically investigated in this population.
Palavras-chave: Fibromialgia
Experiências adversas na infância
Angústia psicológica
Fibromyalgia
Early trauma
Chronic pain
Mental suffering
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Alagoas
Sigla da Instituição: UFAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Citação: PEDROSA, Melina Pimentel Cavalcante. Traumas precoces e manifestações clínicas em mulheres com fibromialgia. 2023. 91 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2022.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/11094
Data do documento: 29-ago-2022
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